
30 DE SETEMBRO DE 2011
O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) criticou o não cumprimento, por uma parte das agências bancárias de Piracicaba, das normas aprovadas pela Câmara que di (...)
Com base em dados repassados pela Secretaria Municipal de Finanças, o vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) criticou o não cumprimento, por uma parte das agências bancárias de Piracicaba, das normas aprovadas pela Câmara que dizem respeito, principalmente, à segurança dos clientes. O parlamentar abordou o assunto ao usar a tribuna em reunião ordinária na noite desta quinta-feira (29).
Em requerimentos aprovados recentemente pela Câmara, Paiva solicitou ao Executivo informações sobre as fiscalizações realizadas para verificar o cumprimento de leis municipais que, entre outras exigências, limitam em 15 minutos a espera por atendimento, determinam a colocação de equipamentos que gerem senhas e obrigam a instalação de portas automáticas com detector de metais e de dispositivos que isolem visualmente os clientes que estão realizando operações bancárias.
Segundo resposta enviada pela Secretaria, fiscalizações realizadas no dia 4 de julho apontaram que 52 agências da cidade não dispunham de isolamento visual e 38 não ofereciam dispositivos para fornecimento de senhas. Por terem sido advertidos pela primeira vez, tais estabelecimentos foram apenas notificados, tendo o prazo de 30 dias, a partir daquela data, para se adaptarem à lei.
Em visita, nesta quinta-feira, às agências citadas na resposta do Executivo, Paiva observou que a maioria delas permanecia como o encontrado em julho e, portanto, pode ser alvo de multa na próxima fiscalização. "[A Prefeitura] Pode passar buscando R$ 5 mil de cada uma, porque não instalaram os equipamentos que nossos fiscais foram lá para fazer a notificação preliminar", revelou Paiva. "O prefeito gosta de dinheiro para fazer equipamentos sociais e melhorar o atendimento à população. E nós vamos indicar ao prefeito [as agências onde] buscar dinheiro, porque os bancos não estão cumprindo a lei e podem ser multados."
De acordo com Paiva, apenas alguns estabelecimentos se adaptaram às exigências, como a Cooperativa dos Fornecedores de Cana de Piracicaba, a unidade do Banco Mercantil do Brasil na rua Prudente de Moraes e a Caixa Econômica Federal na avenida Independência. "Esses respeitam um pouco mais o cliente", destacou o vereador, que pediu ao Executivo que novamente confira se a legislação municipal está sendo cumprida.
"Estou fazendo mais uma vez o apelo para os fiscais visitarem, nesta sexta-feira, pelo menos todas as agências do Bradesco que já estão notificadas e não cumpriram o que foi acordado. Nenhuma agência do Bradesco instalou o isolamento visual e, dessas, só 20 por cento instalaram a captação de senha", disse o parlamentar, que ressaltou que, em Sorocaba, 74 por cento dos crimes por saidinha de banco deixaram de ocorrer após a instalação do isolamento visual nas agências.
Outro ponto abordado por Paiva foram as normas que os carros-fortes devem seguir. "Nós estamos solicitando, por indicação desta Casa, que nas placas de estacionamento de carros-fortes em frente aos bancos sejam colocados os horários em que elem podem parar ali", disse o vereador, explicando que os veículos só podem parar até uma hora antes do expediente, que começa às 10h, e a partir de uma hora após o fim do expediente, que termina às 16h. "Das 9h às 17h, não pode parar carro forte", frisou Paiva, que explicou que a decisão de legislar sobre o tema foi tomada pela Câmara após usuários terem mostrado apreensão com o fato de o transporte de valores ocorrer durante o período em que os estabelecimentos abriam para o público. "O pessoal entrava fortemente armado dentro da agência, trazendo dinheiro, e isso causava medo de que alguém pudesse disparar uma arma daquele calibre ali dentro."
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946