As falhas estruturais apresentadas pelo prédio da Biblioteca Municipal "Ricardo Ferraz de Arruda Pinto", desde sua inauguração, em outubro de 2010, estão no centro dos questionamentos que o vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) faz no requerimento 162/2015, aprovado na reunião ordinária desta segunda-feira (2). Entre outras dúvidas, o parlamentar pergunta se todos os problemas foram solucionados e se há algo que coloque em risco a integridade de usuários e servidores municipais que trabalham no local.

O prédio, concebido pelo arquiteto e atual vice-prefeito de Piracicaba, João Chaddad, e desenvolvido para atender aos usuários de forma moderna e informatizada, recebeu investimentos de R$ 1,8 milhão para se transformar na primeira sede própria da história da Biblioteca. Mas, passados três anos desde a inauguração, o espaço foi fechado para novas obras, que custaram cerca de R$ 100 mil, para corrigir falhas estruturais ocasionadas por mão de obra desqualificada e fiscalização deficiente, como observa Paiva.

"À época, a imprensa verificou as obras; partes do piso da porção inferior do prédio e da entrada do anfiteatro foram removidas para troca. No pavimento superior, foi possível observar rachaduras no chão, oportunidade em que a diretoria da Biblioteca afirmou que não tinha permissão para conversar com a reportagem ou dar entrevistas sobre a situação do prédio", relembra o vereador.

Paiva acrescenta que, "superadas aparentemente as dificuldades daquela situação", "relatos preocupantes" de cidadãos piracicabanos trouxeram o assunto novamente à tona. Com base em dados de janeiro passado, o vereador questiona se os problemas estruturais do prédio foram sanados e qual tem sido o custo de sua manutenção.

Ele também pergunta quais materiais de consumo são necessários para o atendimento à população e cobra informações referentes ao quadro de servidores da Biblioteca, suas referências salariais, se são comissionados ou efetivos, as gratificações que recebem e o horário de trabalho que cumprem.