O avanço do Aglomerado Urbano de Piracicaba, institucionalizado por lei, tem levantado discussões acerca de demandas regionais, comuns ou não, às 22 cidades que o compõem. Depois da Frente Regional em Defesa dos Direitos das Mulheres e do Parlamento Regional do Aglomerado de Piracicaba, é a vez das entidades representativas de classe iniciarem as discussões que devem resultar na composição de uma Frente Sindical do Aglomerado, representando mais de 1 milhão de trabalhadores.

O PIB (Produto Interno Bruto) das 22 cidades do Aglomerado soma mais de R$ 27 bilhões, o que representa 3% do total do Estado de São Paulo. "Essa riqueza é produzida pelos trabalhadores das mais diversas categorias, e um órgão que una sindicatos do Aglomerado poderá facilitar a busca de políticas públicas voltadas a esses cidadãos que constroem a nossa região", afirmou o vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), vice-presidente do Conselho das Entidades Sindicais de Piracicaba. O Conespi reuniu-se nesta segunda-feira (21) e, entre as discussões, surgiu a proposta de criar a Frente Sindical do Aglomerado.

Paiva informou aos sindicalistas do Conespi, que reúne 29 entidades com base em Piracicaba e região, que, na última quinta-feira (17), aconteceu uma audiência pública, promovida pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em que ficou evidenciado que o Aglomerado, enquanto rubrica, não existe na peça orçamentária estadual de 2014. "Consequentemente, não há recursos alocados para questões importantes, como a saúde e a segurança do trabalhador. Uma frente pode acelerar a identificação de questões comuns para que as políticas estaduais contemplem as demandas dos trabalhadores", afirmou.