13 de maio de 2019
Oficina motiva discussão sobre a importância de hábitos sustentáveis
Palestra foi ministrada pelo engenheiro agrônomo Afonso Peche Filho na tarde da última sexta-feira (10), na Escola do Legislativo
“O cidadão comum pode começar a adquirir hábitos sustentáveis, respeitando, primeiramente, todas as formas de vida. Esse é um ponto crucial. Não é só a vida humana que é importante. Para termos qualidade de vida precisamos respeitar outras formas de vida”, explicou o engenheiro agrônomo Afonso Peche Filho, durante a oficina de Desenvolvimento da Agricultura Sustentável, na última sexta-feira (10), na Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba.
Foram abordados na oficina temas como a agricultura sustentável, conceitos e aplicações, dimensão ambiental do território municipal, importância da agricultura sustentável para o município e as considerações sobre implementação de Políticas de Desenvolvimento da Agricultura.
A atividade teve três etapas: a de sensibilização, conscientização e capacitação dos participantes. “Para despertar o interesse das pessoas em querer trabalhar a questão da sustentabilidade precisamos, primeiro, sensibilizá-la. Já na segunda etapa, ela extremamente consciente de que precisa participar e discutir o assunto, conseguimos então, formar cidadãos que se preocupam com a sustentabilidade dentro do território, mais especificamente na questão da agricultura”, contou o engenheiro.
“Quando a biodiversidade é protegida e o território tem um nível de sustentabilidade alto, a cidade fica praticamente imune de riscos como epidemias, doenças e pragas”, reforçou.
Para começar a colocar em prática os conceitos de sustentabilidade, Afonso Peche Filho propôs uma releitura do território municipal, trouxe à discussão a precariedade ambiental da ocupação e uso das terras na cidade, a distribuição das atividades agrícolas e avaliou o uso das tecnologias nos processos e sistemas de produção.
Segundo ele, é necessário definir estratégias políticas, elaborar planejamento ambiental do território, organizar a cooperação social e avaliar os resultados continuamente. “A ideia básica é instrumentar a Casa, que já um lugar de discussão, e sensibilizá-los para desenvolver um plano de agricultura sustentável para o município. Estamos em um processo evolutivo de desenvolvimento tecnológico e a biotecnologia está muito ligada com o potencial que a cidade tem no seu ambiente, isso precisa ser entendido, trabalhado e valorizado”, afirmou.
“As pessoas estão cientes sobre os problemas relacionados ao meio ambiente na cidade, mas elas não têm uma organização de entendimento ou de fala. Precisamos inserir a variável ambiental na dinâmica do dia a dia. Tivemos períodos em que a questão ambiental não foi importante e isso reflete demais nas áreas degradadas do nosso município, porque, no passado, não houve uma discussão efetiva sobre a postura das pessoas como cidadão sustentável”, enfatizou.
O palestrante destacou a iniciativa da Escola do Legislativo em promover oficinas como esta. “Pode ser que a partir desse evento, surjam muitas outras lideranças. A própria vereadora (Nancy Thame - diretora da Escola), por exemplo, em um evento como esse tem a oportunidade de reforçar as convicções dela sobre como exercer o papel parlamentar em preocupar-se com as questões ambientais”, salientou.
A engenheira agrônoma da Casa da Agricultura de Piracicaba, Sabrina Backer, presente no evento, disse que considera a iniciativa de extrema relevância, já que permite a reflexão e incentiva a prática de hábitos sustentáveis. “O que mais precisamos é conscientizar as pessoas, porque, quando falamos de agricultura sustentável precisamos envolver todo mundo para que alguma mudança realmente aconteça”.
A vereadora Nancy Thame (PSDB) reforçou a importância do papel do legislativo em promover eventos que contribuam “efetivamente” com a melhoria na qualidade vida e nas questões ambientais. “Precisamos entender que nós já temos uma resposta da natureza em relação a maneira como a temos conduzido. A proposta de oficina vem justamente para causar essa sensibilização. A partir dessas discussões é que entendemos o que é interessante verificarmos enquanto município no tema agricultura. Não a agricultura isolada do restante, mas a agricultura com responsabilidades”, observa.
“Se começarmos a nos preocupar com o meio ambiente e a mudar nossos hábitos durante os próximos 10 anos, talvez, em 50 anos, veremos alguma mudança efetiva, mas se não fizermos nada agora, me pergunto: o que será das nossas futuras gerações nos próximos 50 anos? ”, questionou Afonso.
Ao final da palestra, houve entrega de certificados aos participantes.
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