
19 DE OUTUBRO DE 2012
O vereador Laércio Trevisan Jr. (PR) usou a tribuna da Câmara de Vereadores de Piracicaba, durante a reunião ordinária desta quinta-feira, 18, para dizer que “ningu (...)
O vereador Laércio Trevisan Jr. (PR) usou a tribuna da Câmara de Vereadores de Piracicaba, durante a reunião ordinária desta quinta-feira, 18, para dizer que “ninguém tem prerrogativa para julgar os outros”, em uma critica direta a integrantes do movimento “Reaja Piracicaba”, que estiveram novamente na Galeria do plenário Francisco Antonio Coelho pedindo revogação do aumento no subsidio dos salários dos vereador. “Uns sobem na tribuna (da Câmara) e põem o Muro de Berlim, como se fossem os donos da verdade, os donos da moral, e estão acima de tudo, se arrogam como se fossem deuses, como se fossem os militares que diziam quem deveria ganhar”, disse o vereador.
Durante as eleições municipais, Trevisan Jr. foi um dos mais criticados por sua postura de contestação ao movimento. “Alguns se dizem cristão, pais e mães, eu também sou cristão, sou vicentino, tenho mais de 27 anos de serviços voluntários prestados, e aí está o resultado, fui reeleito”, disse ele, referindo-se à votação de 3.155 no último dia 7 de outubro. “Falar em moralidade é a coisa mais fácil do mundo, mas para quem tem, mas agora falar em moralidade e vir na frente da Câmara xingar os vereadores, usar o Facebook, cortar placas de campanha e ofender funcionários públicos, o que é isso?!”, questionou.
Trevisan Jr. solicitou aos câmeras do Legislativo para que filmassem o público nas galerias. “Teve uma pessoa que usou a tribuna popular, mas é funcionário do Banco do Brasil, ganha R$ 12.000,00, pago pelo fundo de previdência da instituição pública”, citou. “E tem o promotor público que ganha R$ 30 mil, e o cidadão tem acesso a eles?”, questionou. “Olha aquela moça, custa R$ 3.000 aos cofres públicos para estudar na USP”, disse.
Para o vereador do PR, “a moralidade, deixa de ser moralidade, quando se rotula as pessoas”. Ele entende que, quem critica os vereadores, “tem que dizer o que fez para a sociedade para justificar aquilo que arroga, qual o serviço e o currículo que fez para a cidade”. “Se procurar, não tem”, disse. “Não salvam vidas, não ajudam os semelhantes, e uns, que se dizem moralistas, só olham para o próprio umbigo”, criticou.
Ele também citou o discurso de Daisy Maria Ferraz Costa, momentos antes, na tribuna popular, em que ela leu o artigo “Ética, página que não vira”. “Quando a pessoa vem aqui e usa a tribuna para falar que vereador faz negociata, mas este vereador nunca fez negociata, este vereador votou contra as contas do prefeito, coloque isso aí, este vereador é o único que fez representação ao Ministério Público”, finalizou.
Texto: Erich Vallim Vicente MTb 40.337
Foto: Fabrice Desmonts MTb 22.946