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22 DE MAIO DE 2023

Município treina merendeiras para atender aluno com alergia alimentar


Roda de conversa na Secretaria Municipal de Educação, na sexta-feira, marcou o encerramento da 6ª "Semana de Conscientização da Alergia Alimentar"



EM PIRACICABA (SP)  

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Auditório da Secretaria Municipal de Educação recebeu a roda de conversa na sexta-feira

Auditório da Secretaria Municipal de Educação recebeu a roda de conversa na sexta-feira
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Auditório da Secretaria Municipal de Educação recebeu a roda de conversa na sexta-feira



Servidores da Prefeitura garantiram que a administração está preparada para atender os alunos da rede municipal de ensino com necessidades alimentares especiais. Embora com uma equipe reduzida para um universo crescente de estudantes com alergias e intolerâncias diversas, o trabalho é baseado na adoção de protocolos e envolvimento de técnicos que atuam intersetorialmente.

O panorama foi apresentado na roda de conversa "Necessidades alimentares especiais: programa de conscientização no âmbito local", que encerrou a 6ª "Semana de Conscientização da Alergia Alimentar". O evento, na tarde de sexta-feira (19), foi o último de três encontros —os outros ocorreram nos dias 15 e 17— da programação deste ano e o segundo sediado pela Secretaria Municipal de Educação em seu auditório.

Responsável pela merenda escolar na Divisão de Alimentação e Nutrição da Secretaria Municipal de Educação, a nutricionista Mariana Liepkan relatou que o trabalho junto a estudantes com necessidades alimentares especiais começou em 2018 e engloba um conceito mais amplo, que abrange adaptações do cardápio a fim de atender também crianças com outras síndromes, como Down.

Mariana coordena a área sozinha, mas o protocolo de atendimento baseado nas orientações que vêm do governo federal e centrado nas escolas garante o êxito do trabalho, reconhecido pelo Conselho Regional de Nutricionistas em vistoria realizada em 2021. "A fiscalização disse que não encontrou atendimento como o nosso no Estado, com procedimentos tão claros", disse a responsável pela merenda escolar.

A nutricionista afirmou que busca estar próxima das merendeiras, que recebem qualificação para a manipulação adequada dos ingredientes e o preparo das receitas adaptadas. "Fazemos todo ano o treinamento delas, passando as orientações individualmente. Percebemos que elas hoje têm uma grande preocupação com essas crianças, pois já foram conscientizadas disso", comentou Mariana, que também exaltou a atuação de outras secretarias, como Saúde e Assistência e Desenvolvimento Social, no processo.

Presidente do Conselho de Alimentação Escolar, o sociólogo Tiago Fainer reforçou a visão positiva do atendimento prestado pela Prefeitura aos alunos com necessidades alimentares especiais na rede municipal de ensino. "Com todos os defeitos e erros que precisam ser corrigidos", disse ele, "Piracicaba tem um sistema único que funciona e dá resultado". "Já a rede estadual não tem esse serviço, esse apoio, não tem uma Divisão de Alimentação e Nutrição", ponderou.

A importância de prevenir o surgimento de alergias e intolerâncias alimentares desde os primeiros meses de vida foi destacada pelo médico pediatra Rogério Tuon, coordenador do Pacto para Redução da Mortalidade Materno Infantil, do programa Saúde da Criança e do programa de Residência Médica da Secretaria Municipal de Saúde. Ele defendeu "o aleitamento materno no mínimo até os 2 anos de idade para diminuir as alergias alimentares, sendo nos primeiros 6 meses só leite materno".

Heloize Milano, um das fundadoras do Coletivo Acolhimento Alimentar, expôs sua preocupação com a gestão das unidades de pronto-atendimento da Vila Cristina e da Vila Sônia pela organização social de saúde contratada pela Prefeitura. Ela usou como exemplos os casos de alunos acometidos por episódios anafiláticos, quando, diante da forma mais grave de reação alérgica alimentar, o socorro precisa ser imediato.

Rogério Tuon e a enfermeira Tatiana Bonini, coordenadora da Divisão de Atenção Básica na Secretaria Municipal de Saúde, asseguraram que a OSS estará capacitada para o atendimento nesses casos. "Dentro do chamamento público, ela tem que apresentar um plano de trabalho pronto para casos de choque anafilático, edema de glote etc. Trazemos para eles treinamentos específicos do município, e a empresa tem de nos apresentar indicadores. Isso tudo é acordado no contrato", explicou o médico pediatra.

No encerramento da roda de conversa, Pablo Carajol, do mandato coletivo A Cidade é Sua, que representou a vereadora Silvia Morales (PV) no evento, defendeu que as discussões propiciadas pelos encontros avancem em direção à institucionalização, no município, do trabalho de conscientização sobre alergias alimentares.



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918
Supervisão:  Rebeca Paroli Makhoul - MTB 25.992


Escola do Legislativo Silvia Maria Morales

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