
30 DE JUNHO DE 2011
Prometida pela presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, 29, a mudança à Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 101, de 2001, representa aperto à fiscalização (...)
Prometida pela presidente Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, 29, a mudança à Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 101, de 2001, representa aperto à fiscalização sobre casas de recuperação de viciados em drogas e álcool em todo o País. A informação, em primeira mão, é de Laura Fracasso, que na tarde desta quinta-feira, 30, ministrou palestra dentro da Semana Municipal Anti-Drogas, organizada pelo vereador Bruno Prata (PSDB). “Estamos saindo da clandestinidade”, avalia Laura, que participou da audiência com a presidente Dilma e outros cinco ministros de Estado, em Brasília.
A mudança parece simples. Será acrescentado ao artigo 1 da RDC, que, além das comunidades terapêuticas, também entrarão na fiscalização as “entidades de serviços assemelhados”. “Quando a Anvisa publicou esta resolução, lá em 2001, teve muita gente que se aproveitou desta citação de ‘comunidades terapêuticas’ na legislação, e mudou de nome, colocando casa disso e daquilo; agora, estes lugares serão também fiscalizados”, destacou Laura Fracaso, que, entre outras atividades, atua na Fundação Padre Haroldo, que atua em Campinas.
Em sua palestra, Laura fez um verdadeiro chamamento “às pessoas sérias” que atuam no tratamento de dependentes químicos. “Nós, que queremos trabalhar de forma correta, devemos ajudar nesta fiscalização, porque existe uma proliferação de pessoas querendo apenas ganhar dinheiro com isso, a partir do maior número de internações”, disse ela. Laura lembra, por exemplo, do que chamou de “mania” da internação involuntária, contra a vontade do dependente químico. “Isso pode até ser feito, mas da forma como muitos fazem, sem levar em consideração aspectos mais amplos”, destacou.
No início de sua palestra, Laura exibiu vídeo em que apresenta o trabalho da Fazenda do Padre Haroldo, de Campinas. “Não internamos todo mundo que nos procura, apenas 30 por cento . O restante, fazemos encaminhamentos”, disse Laura, ao destacar que a internação residencial, como é feita na fazenda, deve ser realizada para um tipo específico de dependente, que está “com alto grau de compromisso com a droga”, destacou a psicóloga.
A Semana Municipal Anti-Drogas termina nesta sexta-feira, com a solenidade, a partir das 9h30, no ginásio municipal Waldemar Blatkauskas, em que serão formadas 1.500 crianças dentro do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), desenvolvido pela Polícia Militar dentro das escolas estaduais de Piracicaba.
LEGENDA: Laura Fracasso destacou a importância das “pessoas sérias” em ajudarem na fiscalização a locais sem condições para tratamento de dependentes químicos
Texto: Erich Vallim Vicente MTb 40.337
Foto: Fabrice Desmonts MTb 22.946