
08 DE FEVEREIRO DE 2018
Ação foi promovida pelo gabinete de André Bandeira no cruzamento entre as avenidas Independência e Carlos Martins Sodero.
Às vésperas da festa mais popular do Brasil, motoristas que trafegaram na tarde desta quinta-feira (8) pelas avenidas Independência e Carlos Martins Sodero foram abordados de forma bem humorada para os riscos de dirigir ao celular ou sob o efeito de álcool. A ação, promovida pelo vereador André Bandeira (PSDB) e sua equipe de assessores, alertou os condutores com folhetos explicativos e a performance de uma pessoa caracterizada como "morte", que segurava cartazes com frases como "Melhor voltar da folia de carona do que comigo".
A secretária Tatiane Mendes aprovou a mensagem da campanha. "Se beber, não dirija, volte de carona", aconselhou. Ao lado do filho, a professora Silvia Viegas destacou que o comportamento dos adultos influencia o dos mais jovens. "Essa combinação, bebida e volante, não pega. Se você quer se divertir, dirija com consciência, né? Seja exemplo também para a criança que está ao lado."
O encarregado de obras Antonio Rezende listou as alternativas para retornar para casa nas noites de Carnaval. "Eu vou tomar uma cervejinha, não tem jeito. Sem pegar o volante, tudo bem. Aí volta de busão, táxi, Uber ou com alguém." O pintor Mauro Vieira não bebe, mas nem por isso dá chance a outros hábitos que estão na origem dos acidentes de trânsito, como o uso do celular enquanto dirige. "Aqui é só a música do rádio. Nem a internet do celular eu deixo ligada. Atenção e cuidado é tudo", resumiu.
Bandeira chamou a atenção para os dois principais fatores por trás das estatísticas de acidentes de trânsito no Brasil. "Antes, o maior causador de acidentes era a combinação de álcool e direção. Hoje este é o segundo colocado, porque o primeiro é o uso do celular ao volante. É um hábito constante, as pessoas ainda abusam dessa imprudência", comentou.
"Por mais informações que tenhamos e embora a própria conscientização tenha aumentado ao longo dos últimos anos, infelizmente ainda temos aproximadamente 43 mil pessoas que morrem por ano só em decorrência de acidentes de trânsito. E esse número é ainda maior, já que é só das pessoas que morrem no local ou no trajeto até o hospital; a partir do momento em que a vítima dá entrada no hospital, se ela vier a falecer um ou dois dias depois, a causa da morte é outra", completou.
O vereador participou da ação alertando os motoristas com o cartaz "Estava sem cinto". Bandeira ficou tetraplégico ao ser vítima de uma colisão, há 22 anos ––ele estava sem o cinto de segurança no momento do impacto. O acidente, no cruzamento da avenida Armando de Salles Oliveira com a rua Voluntários de Piracicaba, foi causado por um motorista embriagado, que avançou o sinal vermelho e colidiu com o seu carro. Com a batida, Bandeira quebrou o pescoço, ficando sem os movimentos do tronco para baixo.
"Gostaria de que não precisássemos fazer mais ações como esta. Eu como vereador, um legislador e um fiscalizador do Executivo, não teria obrigações de fazer ações como esta. Mas como cidadão, como uma pessoa que tem uma sequela e depende de uma cadeira de rodas por conta de um acidente de trânsito causado por uma pessoa que estava dirigindo embriagada, me sinto na obrigação de buscar conscientizar a população. Só vamos mudar com a atitude de cada um, tendo a consciência ao volante a partir do momento em que se senta dentro do carro", concluiu Bandeira.