
25 DE NOVEMBRO DE 2010
Avô de dois meninos, Genir Barbosa do Amorim foi à Tribuna Popular, nesta quinta-feira, reclamar da merenda oferecida nas escolas públicas de Piracicaba e exigir do (...)
Avô de dois meninos, Genir Barbosa do Amorim foi à Tribuna Popular, na noite desta quinta-feira (25), reclamar da merenda oferecida nas escolas públicas de Piracicaba e convidar os vereadores a fiscalizarem com mais frequência as instituições de ensino do município. O morador, que se mudou para a cidade em fevereiro deste ano, contou ter estranhado o cardápio adotado na escola de um de seus netos: o macarrão estava presente em 4 dos 5 dias da semana.
Genir visitou o colégio após notar que a criança era evasiva quando questionada sobre os motivos de rejeitar as refeições servidas no local. Ele criticou a repetição excessiva de um só item, como ocorre com o macarrão. “O cardápio é muito fraco e as crianças não têm estimulo para comer”, afirmou, lembrando que, assim como os adultos, os menores também são seduzidos primeiramente pelos olhos quando estão à mesa.
A consulta à programação semanal da merenda mostrou que apenas na quinta-feira havia alguma variação, com polenta com frango para a criançada. No restante dos dias, só se servia macarrão ––seja na sopa, oferecida às segundas, quartas e sextas, seja com frango, na terça. “Em nenhum momento achei arroz e feijão nesse cardápio”, disse Genir, que ouviu a nutricionista do colégio admitir ser “realmente fraca” a composição das refeições, mas prometer melhorias para o próximo ano.
Já a falta de merendeiras não deve ter solução tão rápida. Segundo relato da diretora da instituição a Genir, se a escola solicitar à administração pública profissionais para a cozinha, não poderá pedir a contratação de professores, cuja reposição tem mais prioridade atualmente.
MAU CHEIRO
Genir também protestou contra o mau cheiro que toma a região do Jardim Brasília. Ele, que reside há nove meses em uma casa alugada no bairro, conta que comprova diariamente os comentários que ouvia antes de se mudar para lá. “Senti os motivos [da fama ruim do local] na pele”, revelou. O forte odor de esgoto acentua-se após as 17 horas.
O morador disse que enviou um e-mail ao prefeito Barjas Negri (PSDB), convidando-o a visitar o local, que fica na intersecção da Avenida Professor Alberto Vollet Sachs com a rodovia SP-304, na saída para São Paulo. “As famílias são obrigadas a comer com aquele mau cheiro direto”, afirmou.
Genir cobrou dos vereadores que fossem à região prestar esclarecimentos à população do Jardim Brasília. Ele também pediu à Câmara agilidade na formulação de uma proposta que dê fim ao problema, alegando que os moradores precisam de uma resposta rápida.
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946