
30 DE NOVEMBRO DE 2010
O médico do Centro de Doencas Infecto Contagiosas - CEDIC, Moisés Taglieta, ocupou parte do expediente da reunião ordinária de ontem (29/11/10) para chamar atenção (...)
O médico do Centro de Doencas Infecto Contagiosas - CEDIC, Moisés Taglieta, ocupou parte do expediente da reunião ordinária de ontem (29/11/10) para chamar atenção da população sobre o Dia Mundial da Aids, 1.º de Dezembro, considerando que espera o dia em que não mais teremos problemas deste tipo. Moisés diz que hoje felizmente não temos mais severidades, em função dos conhecimentos sobre a doença, o que por outro lado ainda traz preocupação, em função das novas gerações que não viram o lado grave da doença.
Se por um lado as pessoas vivem melhor, não temos mais o efeito visível. O alerta é pela prevenção. Taglieta disse que não cabe aquela frase, onde se dizia que o melhor é remediar, uma vez que não existe nada que possa nos animar bastante. A consideração é que a doença é altamente contagiosa, com estimativas que apontam que de quatro casos, só um sabe sobre a doença, o que propicia a criação de uma cadeia muito ativa. O ideal seria 17 casos a cada mil, sendo que em Piracicaba este número está na ordem de 30 casos.
Segundo Taglieta, a Aids é uma das epidemias mais antigas do país, que ainda causa preocupação, sendo que Piracicaba está com 37 casos de pessoas contaminadas, de cidadãos que tiveram uma reviravolta em suas vidas. A consideração é que a doença não significa mais sentença de morte. Porém, o preconceito ainda existe. Taglieta disse que ainda tem seus preconceitos, que dirá o dos outros. Disse que não dá para aceitar a discriminação, privar de política pública o cidadão. E, lembrou da frase, onde se demonstra que viver com Aids é possível, com preconceito não.
Para Taglieta, há preconceito nas empresas, famílias, igrejas e, em todos os espaços sociais. "Temos que lutar contra", disse. Enfatizou que a Câmara sempre tem atendido as solicitações da comunidade, embora temos que tornar isso mais efetivo, que cada um que assiste um discriminado por DST/Aids, denuncie.
Taglieta diz que Aids não é coisa de homossexual. Isto é o que diziam há muito tempo. "Caminhamos para dar mais importância ao combate das drogas". Nas considerações finais, falou da importância de se mudar o conceito de usuário de drogas. Citou a terceira onda, onde aparece os heteroxessuais, sendo que não dá para esconder o problema debaixo do tapete, onde a recomendação é a prevenção e uso de preservativos.
Martim Vieira Mtb 21.939
Fotos: Fabrice Desmonts Mtb 22.946