A documentarista Bruna Epiphanio, responsável pelo documentário Nhô Quim, o Caipira Centenário, será homenageada pela Câmara com a moção de aplausos 193/2014. A propositura é de autoria do vereador Laércio Trevisan Jr. (PR) e foi aprovada na reunião ordinária desta segunda-feira, 13. 

Lançado no Sesc em agosto, o documentário retrata os 100 anos de história do XV de Piracicaba, time de futebol também conhecido como Nhô Quim, em alusão ao seu mascote, um caipira de botas e chapéu de palha criado por Edson Rontani. O próprio título da produção destaca o orgulho de ser caipira, sentimento que o clube desperta na população por conta de sua resistência.

O enredo desvela a trajetória do XV, a ligação cultural da cidade e os laços de identidade com o time, além da cronologia esportiva, marcada por altos e baixos desde a sua criação, em 1913. O trabalho rendeu mais de 20 horas de gravação, editadas para 80 minutos, com 21 entrevistados. “É um filme de memória, de rever o passado, reconhecê-lo. Ou, para quem nem sabia de nada, conhecer o time alvinegro do interior paulista famoso no Brasil inteiro”, define Bruna, que assina a direção do documentário.

Atletas que vestiram a camisa zebrada alvinegra em várias fases apresentam seus depoimentos, nomes como Cardeal, Vadinho, Mika, Orlando, Biluca, Mané Bortolotti e Eloy. Entre os adversários entrevistados está Dudu, técnico do Palmeiras em 1976, quando o XV conseguiu o vice-campeonato, sua melhor classificação no Campeonato Paulista, ao enfrentar o Verdão na final. Também foram ouvidos profissionais do rádio e da televisão (os comentaristas Rogério Achilles e Celso Unzelte) e o escritor Cecílio Elias Netto. 

Merecem destaque as seis músicas compostas especialmente para o projeto, além do Hino Oficial do XV lembrado pelo co-autor Jorge Chadadd (que fez em parceria com o falecido Anuar Kraide). O Hino do XV também recebeu um novo arranjo, feito por uma orquestra regida por Rui Kleiner e Marcio Sartório. Também participam os músicos Marco Abreu, Saulo Ligo, Xeina Barros e Marquinhos Godoy. O trabalho tem, ainda, fonogramas de Erotides de Campos e Belmácio Pousa Godinho.