
16 DE JUNHO DE 2010
O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), na manhã de hoje (16) designou assessores para a região do bairro Alvorada, Avenida Rio das Pedras, altura do número 1 (...)
O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), na manhã de hoje (16) designou assessores para a região do bairro Alvorada, Avenida Rio das Pedras, altura do número 1500, para conferir a insatisfação de moradores, proprietários de estabelecimentos comerciais, empresários, e demais pessoas que já se mostram insatisfeitas com os reflexos das alterações viárias decorrentes da obra da Prefeitura N. 1110, que envolve a rotatória para comportar o traçado de ruas no entorno de novo loteamento residencial, duplicação de pista, recuo em edificações, além dos custos advindos das obras de recapeamento do asfalto, alteração da rede de água e esgoto, telefonia e dispêndios monetários em alterações de postes de energia elétrica. A população local também reclama das alterações ambientais, envolvendo o corte de árvores nobres e vegetação ribeirinha, além da mudança do curso de água de córrego que corta a região para comportar as obras de melhorias viárias. O Ministério Público poderá ser acionado para verificar a situação, sendo que o vereador Paiva também elaborará requerimento ao Executivo solicitando esclarecimentos sobre as obras.
Segundo moradores e comerciantes, a Prefeitura não deu as devidas informações sobre a intervenção viária na região, conforme atesta José Ricardo, que atua no ramo de auto peças e tem estabelecimento na avenida Rio das Pedras. Já o empresário Carlos Alcarde teme os prejuízos que terá com a duplicação da avenida, principalmente após a possível construção de canteiro central, o que dificultará a entrada de veículos em seu estabelecimento, uma vez que os motoristas serão obrigados a prolongar o trajeto para fazer o retorno, sendo que nesta manobra poderão parar em outras empresas que certamente se estabelecerão na região. O temor também envolve o período de falta de energia elétrica devido à mudança dos postes ao longo da pista.
Já o casal Iracema e José Carlos Grizotto reclamam dos transtornos que as obras da Prefeitura irão causar em sua residência e ramo de negócios, quando serão obrigados a reformular toda a garagem, na alteração de colunas e outras obras de infra-estura realizadas para abrigar as duas vans de transporte escolar, além de outros veículos da família. O casal também demonstra as alterações que terão que fazer no calçamento de pedra portuguesa e, ter que revisar a disposição arquitetônica da residência em função da perda de parte do terreno por onde passará o futuro traçado na avenida. O casal também comentou sobre possíveis danos psicológicos provocados pela nova situação em que as obras da Prefeitura estão impondo aos familiares.
Morador há mais de 40 anos na região, o senhor Nestor Pedro (64) mostra a demarcação que a Prefeitura fez em seu quintal, onde mais de 80 metros quadrados serão desapropriados, sem que alguém tenha garantido o ressarcimento dos prejuízos. A indagação é sobre quem se responsabilizará em solucionar o problema da declividade superior a dois metros de altura que ficará a sua casa com relação ao nível da avenida. Segundo ele, a Prefeitura não se pronunciou sobre estes transtornos.
O vereador Paiva, por intermédio de assessores também registrou o processo de alteração ambiental na região, principalmente no entorno de córrego da região, sendo que o Ministério Público, por intermédio da Promotoria do Meio Ambiente poderá ser acionado para conferir o depoimento de antigos moradores da região que atestam a retirada de árvores nobres e outras deteriorações que foram praticadas em nome do progresso. Relatos populares também dão conta que a Prefeitura impôs a condição das pessoas cederam parte de suas propriedades para ao avanço da avenida em troca de ficarem isentas da cobrança de custos referentes ao projeto, bem como na garantia de desmembramento de terrenos e outras pendências que a população ainda depende do poder público.
Martim Vieira Mtb 21.939
Foto: Davi Negri Mtb 20.946