O vereador Laércio Trevisan Jr (PR) utilizou a tribuna da Câmara, na tarde de ontem (30/06), durante reuniões extraordinárias para protestar contra o Projeto de Lei Complementar (PLC) 015/2011, que entre outras alterações aumenta a tarifa da água e esgoto na cidade. O parlamentar usou uma corda verde-amarela para atar as próprias mãos.

O PLC foi o projeto mais polêmico das quatro reuniões extraordinárias realizadas ontem. Complexo e polêmico, a proposta do executivo tratava de três questões (redução da cobrança do imposto sobre serviços de qualquer natureza para os profissionais da área da saúde - isenção do IPTU para os imóveis locados ou cedidos a templos de qualquer culto religioso e a majoração das tarifas de água e esgoto). O projeto acabou adiado em segunda discussão, após ser aprovado em uma votação e submetido a horas de discussão e análise.

O debate sobre o PLC teve momentos tensos. O presidente da Câmara, João Manoel dos Santos (PTB) chegou até a ameaçar suspender a reunião, durante debate mais acirrado entre os vereadores que defendiam a proposta e os que a criticavam. Mas o fato mais inusitado foi sem dúvida a utilização da corda pelo parlamentar, para demonstrar a sua difícil situação em votar a proposta. E afirmou que no caso de aprovação da matéria irá buscar o Judiciário para que ela seja considerada ilegal e até inconstitucional.

Amarração

Três parlamentares, José Pedro Leite da Silva e Laércio Trevisan Jr - ambos do PR - e o vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), votaram contra o projeto na primeira votação e apresentaram diversos argumentos para justificar seus posicionamentos. O vereador Laércio Trevisan com as mãos amarradas, afirmou que a propositura "amarrava" o parlamentar, pois se de um lado beneficiava a população ao reduzir impostos, por outro apresentava um "aumento da água e do esgoto".

Texto: Vitor Ribeiro Mtb 21.208

Foto: Gustavo Annunciato Mtb 58.557