
12 DE ABRIL DE 2011
O vereador José Pedro Leite da Silva (PR) questionou o destino do dinheiro arrecadado com os aumentos na conta de água repassados ao consumidor piracicabano desde 1 (...)
O vereador José Pedro Leite da Silva (PR) questionou o destino do dinheiro arrecadado com os aumentos na conta de água repassados ao consumidor piracicabano desde 1995. "Onde está o dinheiro que foi cobrado para fazer o tratamento de esgoto em Piracicaba?", perguntou o parlamentar, ao usar a tribuna em reunião ordinária realizada na noite desta segunda-feira (11).
Vereador desde 1993, José Pedro participou das votações que decidiram os reajustes na conta de água no município. "Em 1995, nós aumentamos [o valor da conta de] água de Piracicaba em 33 por cento . Foi um aumento real, que possibilitava tratar o esgoto, que [na época] estava orçado em 43 milhões de dólares", comentou, sobre o período em que a cidade teve como prefeito Antonio Carlos de Mendes Thame (PSDB).
No entanto, a primeira estação de tratamento de esgoto de Piracicaba foi inaugurada apenas em 1997, durante o governo Humberto de Campos (PSDB). "Aí as coisas mudaram: surgiram contratos que o Semae fez com empresas particulares, aumentando os gastos administrativos e não investindo no tratamento de esgoto", disse José Pedro. No mesmo ano, nova alta para o consumidor: "Veio a lei para o aumento de R$ 3 para contas residenciais e de R$ 6 para contas comerciais, porque não havia dinheiro para tratar o esgoto".
Já com José Machado (PT) à frente da Prefeitura, outra proposta de aumento para o consumidor foi discutida, desta vez de 12,5 por cento . "Votei contra, porque havia dinheiro", disse José Pedro. O investimento em saneamento básico durante a gestão Barjas Negri (PSDB), iniciada em 2005, também foi criticada pelo vereador. "O que ele tratou até hoje? Fez uma rede na Nova Piracicaba, que custou R$ 3,8 milhões, quase o mesmo custo da revitalização da primeira fase da Rua do Porto. Aí teve outro contrato, que levou milhões de Piracicaba. E agora terá um outro, de R$ 120 milhões. Eles estão pensando em privatizar 100 por cento de nosso esgoto", concluiu José Pedro.
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTO: Gustavo Annunciato / MTB 58.557