O vereador José Pedro Leite da Silva (PR) ocupou a tribuna da Câmara durante a reunião ordinária de hoje (5) para criticar a gestão do trânsito em Piracicaba. Ele questionou o contrato entre a Prefeitura e a empresa responsável pela regulação e sinalização do trânsito no município.

De acordo com José Pedro, a mesma empresa que cuida das placas e faixas de sinalização também instala radares e teria um faturamento, somente com a aplicação de multas, da ordem de 6 milhões. O vereador afirmou que os editais de concorrência pública para a contratação de prestadores destes serviços são direcionados para que a mesma empresa sempre vença e lembrou que em 1997 denunciou a cobrança de horas trabalhadas mensalmente para a execução de serviços sempre na mesma quantidade: 3.360 horas por mês. “Não se deram nem ao trabalho de mudar a planilha”, observou.

Lombadas

José Pedro afirmou que as lombadas instaladas antes dos semáforos da via principal que liga a Vila Rezende ao distrito de Santa Teresinha foram danificadas pelo peso de caminhões carregados por terem sido construídas em desacordo com as normas do Código de Trânsito Brasileiro.

O vereador defende que não há necessidade de redutor de velocidade naquele local, já que existe semáforo. Ele reclama que há seis meses a Prefeitura informou que retiraria os redutores de velocidade, mas até hoje a promessa não foi cumprida. Relatou que muitos acidentes acontecem naquele local, já que ao reduzirem a velocidade para passar pela lombada, os motoristas acabam tendo seus veículos abalroados na traseira.

Outro dispositivo de regulação de trânsito instalado pela Prefeitura e que foi alvo das críticas de José Pedro é a lombada eletrônica instalada na frente da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo). A lombada eletrônica é um dispositivo que informa a velocidade regulamentar e a velocidade desenvolvida pelo veículo no momento em que ele cruza os sensores do equipamento. O vereador criticou a instalação do equipamento adiante do radar, ao contrário do que é feito nas grandes cidades em que seu uso já é comum. “Aquela lombada é uma piada! Ela serve só para informar ao cidadão se ele foi ou não multado”, ironizou.

Ademir Barbosa – MTb 54.006
Foto: Fabrice Desmonts – MTb 22.946