O vereador José Lopes (PDT) disse estar preocupado com os problemas das queimadas, “que, apesar dos esforços, continua causando doenças, principalmente em crianças”, e nas torres de transmissão de celular, “as quais colocam em risco a vida das pessoas”. Ele usou a tribuna da Câmara de Vereadores de Piracicaba na reunião ordinária desta quinta-feira, 22, onde pontuou diversos relatos de moradores atingidos, ora por chuviscos provenientes das queimadas, ora por problemas em torres de celular.

“A gente vê o trabalho forte das usinas, tentando ao máximo mecanizar a colheita e acabar com as queimadas, mas ainda não é suficiente”, disse José Lopes.  “Queremos que o governo antecipe isso (proibição da queimada, prevista para 2017), proibindo de vez, não só em Piracicaba, mas em toda a região, onde tem longo plantio de cana”. Ele disse que visitou locais de saúde – UPAM Santa Teresinha e Vila Rezende – e observou mães com crianças pequenas porque moram em áreas onde caem ciscos de cana.

José Lopes também lembrou da reclamação do morador João da Cruz, porque uma empresa de telefonia estava trabalhando perto de sua casa por volta das 23h30, onde está instalada uma antena de transmissão de celular. “Os funcionários ficavam falando alto, desrespeitando a vizinhança, e ainda uma outra moradora reclamou de que peças da antena caíram perto de sua casa”, informou o vereador.

Para ele, existe um “total desrespeito” das companhias de telefone para com os moradores. “Apesar das leis sobre monitoramente destas antenas de celular, os relatos dos moradores é de que nunca houve qualquer pessoa destas empresas para fiscalizar e monitorar estes equipamentos”, disse ele, ao afirmar que em locais onde as antenas estão instaladas há desvalorização de 50 por cento nos imóveis. “Se custa R$ 300 mil, por causa deste equipamento, o proprietário não consegue vender por mais do que R$ 150”, disse.

Texto: Erich Vallim Vicente MTb 40.337
Foto: Fabrice Desmonts MTb 22.946