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26 DE ABRIL DE 2011

José Lopes critica gastos públicos milionários


O vereador José Benedito Lopes (PDT) criticou os gastos previstos caso saiam do papel duas propostas do governo federal: a realização de consulta popular sobre o co (...)



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução


O vereador José Benedito Lopes (PDT) criticou os gastos previstos caso saiam do papel duas propostas do governo federal: a realização de consulta popular sobre o comércio de armas no Brasil e a construção do trem-bala entre Campinas e Rio de Janeiro. O parlamentar disse que os valores deveriam ser investidos em áreas prioritárias, como educação, saúde e infraestrutura.

"Em 2004, quando se fez o referendo [sobre o comércio de armas no Brasil], foram gastos R$ 250 milhões. A previsão é de R$ 500 milhões se for feito [outro referendo] agora. Temos que ser contra isso aí, porque, com R$ 500 milhões, dá para melhorar muito a educação, a saúde e outras coisas mais", comentou José Lopes. Para o vereador, desarmar a população não vai alterar o quadro de violência no país. "Quem vai perder são as pessoas de bem. Já foi feito um referendo e deu no que deu. Sabemos que as armas vêm de fora, de contrabando", afirmou.

José Lopes também disse ser contrário à implantação do trem-bala no Brasil. "Sou totalmente contra a possibilidade de gastarmos 30 bilhões de dólares na construção do trem-bala. O Brasil inteiro não deve concordar com isso. Nossos portos, rodovias e ferrovias estão sucateados. Que se gaste parte desse dinheiro para melhorá-los. O Brasil não está preparado para fazer uma linha de trem rápido de Campinas ao Rio e gastar essa fortuna toda”, comentou o parlamentar.

FICHA LIMPA
Ao usar a tribuna durante reunião ordinária na noite desta segunda-feira (25), José Lopes lamentou a não-aprovação para as eleições de 2010 da lei que ficou conhecida como Ficha Limpa. Ele relatou que tem sido questionado, por pessoas que o encontram na rua, sobre o processo que resultou na rejeição da aplicação imediata da regra. "A explicação que eu dei foi de que nós vivemos num país em que existem três [instâncias para] tomadas de decisões, em que uma vai comandando a outra: os juízes, os desembargadores e os ministros, que tomam as decisões maiores", explicou.

Para o vereador, a decisão do Supremo Tribunal Federal, que adiou a aplicação da Lei da Ficha Limpa, mostrou que nem sempre "a voz do povo é a voz de Deus". "A população queria que fosse aprovada a Lei da Ficha Limpa. Não foi o que aconteceu. Prevaleceu a voz dos ministros", disse José Lopes. "Infelizmente, vivemos num país em que vale a decisão tomada lá em cima. A lei do que é certo acaba não prevalecendo", finalizou.


TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Legislativo José Lopes

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