
18 DE JULHO DE 2011
O impasse em torno de um terreno que separa os bairros Água Branca e Chácaras Água Branca pode estar perto do fim. O vereador João Manoel dos Santos (PTB), que este (...)
O impasse em torno de um terreno que separa os bairros Água Branca e Chácaras Água Branca pode estar perto do fim. O vereador João Manoel dos Santos (PTB), que esteve com os moradores da região no último dia 8 para discutir o problema, enviou um documento à empresa proprietária da área pedindo a reativação do caminho de mais de 100 metros que passa pelo trecho, ligando a rua Francisco Antonio da Rocha à avenida Miguel Caparroz.
A interligação entre os bairros estava fechada desde que um grupo de moradores solicitou à Prefeitura o erguimento de uma barreira para inviabilizar um dos acessos à estrada de terra improvisada que atravessa o terreno. Na última semana, porém, outro grupo, favorável à abertura do caminho para a passagem de carros, usou máquinas próprias para derrubar a proteção e permitir o trânsito de veículos.
Diante do impasse, João Manoel procurou os responsáveis pela área. Primeiro, ele chegou ao arrendatário Francisco Manoel Borsatto, que recentemente renovou por mais dois anos a autorização para cultivar soja no local. Por não poder decidir sobre o uso do terreno, o arrendatário passou ao vereador o contato do verdadeiro proprietário da área: trata-se da construtora Engep Engenharia e Pavimentação, de Limeira.
A empresa ––segundo um dos sócios, Luis Castello, informou a João Manoel–– tem a intenção de utilizar o terreno em um projeto, mas num prazo que gira em torno de cinco anos. Até que o destino da área não seja definido pela construtora, o vereador pede a "autorização para que o caminho possa continuar sendo utilizado". "Os moradores do loteamento Chácaras Água Branca estão passando por um período difícil, visto que a saída foi fechada pela Prefeitura", explica João Manoel.
Na visita que fez à região no último dia 8, o vereador reuniu-se com um grupo de 23 moradores, favoráveis à abertura do caminho, para discutir uma solução viável para o impasse. O secretário municipal de Obras, Arthur Ribeiro Neto, que também esteve no local, a convite de João Manoel, disse que uma alternativa seria a realização de um estudo para verificar a possibilidade de uma rua ser aberta ao longo do terreno ––desde que o proprietário da área concorde com isso––, unindo essa nova via à rua Honduras, hoje sem saída.
Para João Manoel, a abertura do caminho dará visibilidade ao bairro e permitirá aos moradores usufruir de serviços básicos, já que, por conta do isolamento provocado pela situação, eles acabam tendo dificuldades para acionar uma ambulância, a polícia ou, até, para pedir que uma pizza seja entregue em casa. "O acesso ao bairro é difícil até de ser achado", afirmou o vereador.
TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918
FOTO: Fabrice Desmonts / MTB 22.946