Após conferir a situação dos moradores do Bosque da Água Branca, o vereador João Manoel dos Santos (PTB) esteve, na manhã desta sexta-feira (8), em outros três pontos da cidade com o secretário municipal de Obras, Arthur Ribeiro Neto. Eles foram aos bairros Pauliceia, Água Branca e Jardim Ipanema ouvir as reivindicações de moradores que acionaram o gabinete do parlamentar.

Na Pauliceia, um trecho sem asfalto da rua Sérgio Porto, entre as ruas Dona Maria e Dona Idalina, já está pronto para receber a pavimentação, depois que o último entrave ––a construção de um muro de arrimo nos fundos de um comércio de sucatas–– foi solucionado pelo proprietário do terreno. Agora, a Secretaria Municipal de Obras deve entregar os termos de adesão aos donos dos 14 imóveis do local. Se houver a concordância de 70 por cento das casas, as obras de pavimentação terão início imediato. A melhoria custará R$ 155 mil aos moradores; a parcela que cada um terá de pagar varia de acordo com a dimensão dos terrenos. Assim, os valores a serem pagos por cada dono de imóvel do local podem ir de R$ 1.674 a R$ 25.473, podendo ser quitados em até 36 prestações.

O torneiro aposentado Antonio Augusto Angeli e o empresário Carlos Paschoal Penatti disseram concordar com a proposta e apostam na valorização da área com as obras de pavimentação. Eles acreditam que até a segurança no trecho vai melhorar, já que recentemente o corpo de um adolescente assassinado foi deixado num buraco aberto na rua de terra batida.

"Faz anos que estou brigando por esse pedacinho da rua aqui. O que eles alegavam era que não dava para fazer o asfalto sem que houvesse o muro de arrimo, que o proprietário fez agora", disse João Manoel. "Os formulários devem ser entregues na segunda-feira para que as pessoas assinem para fazer a pavimentação da rua", explicou.

JARDIM IPANEMA
No Jardim Ipanema, João Manoel e Arthur viram os problemas que moradores de cerca de 20 imóveis enfrentam com uma ampla área de propriedade particular que faz fundo com suas residências. A reclamação é de que, como o terreno é alto, ocorre infiltração de água nas paredes das casas, gerando mofo. O ponto mais crítico é no trecho próximo ao cruzamento da rua Mary Nassif Curiacos com a avenida Bruno Ferraioli.

Segundo o secretário de Obras, pelo fato de o terreno ser particular, uma ação da Prefeitura no local só poderá ocorrer se o proprietário autorizar. Caso a intervenção seja liberada, máquinas vão remover a terra que quase atinge a altura dos muros de fundos das residências.

ÁGUA BRANCA
Já no bairro Água Branca, a reivindicação dos moradores diz respeito à abertura de um caminho com mais de 100 metros de extensão que atravesse uma área particular. De tão amplo, esse terreno chega a dividir a região em duas (Água Branca e Chácara Água Branca), deixando isolada parte da população.

Na reunião com 23 pessoas que residem no entorno, João Manoel e Arthur discutiram o que poderia ser feito no local, já que, também por solicitação de outro grupo de moradores, o mesmo caminho que agora é pedido para ser aberto foi fechado tempos atrás. A alternativa apresentada pelo secretário de Obras é que se faça um estudo para que uma rua seja aberta ao longo do terreno ––desde que o proprietário da área concorde com isso––, unindo essa nova via à rua Honduras, que conta com 12 casas.

João Manoel disse ser favorável à alternativa apresentada. "Minha assessoria vai fazer um abaixo-assinado para pegar as assinaturas dos moradores da rua Honduras, para saber se eles têm algo contrário a reabrir a rua ali. Vamos solicitar ao proprietário da área a autorização para fazer isso", afirmou. "Mas, mesmo assim, vou tomar todas as precauções com meu advogado para saber se há alguma medida a ser tomada na Justiça para não haver nenhuma reclamação futura. Acredito que essa questão será resolvida o mais rápido possível, se não houver nenhum impedimento dos moradores da rua Honduras", explicou.

Segundo o vereador, a abertura do caminho dará visibilidade ao bairro e permitirá aos moradores usufruir de serviços básicos, já que, por conta do isolamento provocado pela situação, eles acabam tendo dificuldades para acionar uma ambulância, a polícia ou, até, para pedir que uma pizza seja entregue em casa. "O acesso ao bairro é difícil até de ser achado", disse João Manoel. "Há uma necessidade de fazer essa abertura. Não vejo, na verdade, o porquê de aquele acesso que estava ali há muitos anos ter sido fechado. Vamos procurar reabrir e dar a garantia de cidadania ao pessoal que mora na Chácara Água Branca e adjacências", concluiu.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTOS: Gabinete do vereador