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14 DE FEVEREIRO DE 2011

Integrantes do governo esclarecem problemas em obras


O secretário de Obras e o presidente do Semae responderam a questionamentos dos vereadores sobre problemas em projetos executados pela Prefeitura. Eles estiveram na (...)



EM PIRACICABA (SP)  

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O secretário de Obras, Arthur Ribeiro Neto, o presidente do Semae (Serviço Municipal de Água e Esgoto), Vlamir Augusto Schiavuzzo, e o procurador-geral do Município, Milton Sérgio Bissoli, estiveram na Câmara na noite desta segunda-feira (14) para esclarecer dúvidas dos vereadores em relação a problemas que envolvem a reforma da Avenida Cruzeiro do Sul e a construção do viaduto no cruzamento das avenidas Primeiro de Agosto e Rio Claro, na Vila Rezende. A participação dos três integrantes da gestão Barjas Negri foi viabilizada pelo vereador José Aparecido Longatto (PSDB), líder do governo na Casa.

Em pouco mais de uma hora, Ribeiro Neto e Schiavuzzo responderam às perguntas dos vereadores José Pedro Leite da Silva (PR), José Antonio Fernandes Paiva (PT), Bruno Prata (PSDB), Walter Ferreira da Silva, o Pira (PPS), Carlos Alberto Cavalcante, o Carlinhos (PPS), e Laércio Trevisan Júnior (PR). O expediente da reunião ordinária foi suspenso para que o debate ocorresse.

VIADUTO DA VILA REZENDE
Em outubro de 2010, José Pedro cobrou explicações da Prefeitura sobre supostas alterações feitas durante a construção do viaduto no cruzamento das avenidas Primeiro de Agosto e Rio Claro, na Vila Rezende. "Estamos vendo a mudança do projeto do viaduto. Houve um erro de projeto", disse o parlamentar na época.

A resposta ao questionamento veio na reunião ordinária seguinte, quando o vereador Bruno Prata reproduziu na tribuna resposta enviada pela Prefeitura. "Durante a execução do trecho foram encontradas interferências não previstas no projeto inicial, que somente apareceram no momento da escavação. Não houve falha técnica, nem do projetista nem da empresa executora, nem o projeto foi mudado. O que mudou foi a técnica construtiva de parte do trecho", relatava a nota de autoria do Executivo.

Ao falar aos vereadores na noite desta segunda-feira, Ribeiro Neto procurou detalhar as etapas pelas quais a construção do viaduto já passou. Segundo o secretário de Obras, a primeira fase foi dedicada ao diagnóstico da situação da área, por meio de estudo contratado pela Prefeitura para avaliar se a intervenção no local era viável.

Na época, a análise apontou que o cruzamento sofreria um aumento de fluxo em torno de 46 por cento, o que atestaria a necessidade de um viaduto. A empresa contratada para realizar a obra apresentou, então, duas alternativas de projeto. A Prefeitura, segundo Ribeiro Neto, optou pela proposta que, embora fosse mais cara, tinha a vantagem de não prever cruzamento em nenhum movimento.

O secretário relatou que o projeto escolhido é de um "viaduto tradicional". "Dá para garantir que o viaduto foi projetado de acordo com as normas do Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes]", afirmou. Ele explicou que, próximo ao acesso a São Pedro, estudos apontaram que o solo estava "no limite" para receber o aterro armado. Por isso, diz o secretário, "a única solução possível foi mudar a metodologia construtiva" em um trecho de 44 metros, sob o qual estão o lençol freático e a tubulação usada pela empresa Telefônica. "Isso não mudou a curvatura nem a inclinação do viaduto", garantiu o secretário, que prevê para abril o término das obras.

CRUZEIRO DO SUL
Já os buracos e afundamentos que surgiram com as chuvas na Avenida Cruzeiro do Sul haviam sido citados pelo vereador Paiva na reunião ordinária do último dia 3. Na ocasião, foi exibido o vídeo de uma reportagem que afirmava que as falhas na via, cuja reforma custou mais de R$ 3 milhões, denotavam "absoluta conivência do Executivo" com a empresa responsável pela obra. A matéria também sugeria que a tubulação de esgoto do local teria ficado comprometida.

Em resposta, o presidente do Semae apontou como causa do problema a compactação do pavimento da avenida, que fica a poucos metros da margem do Rio Piracicaba. Houve, segundo Schiavuzzo, uma "acomodação natural" provocada pela "infiltração do lençol freático". Por ter chovido acima da média no início do ano, a vazão do rio aumentou, superando o nível da valeta que estava sendo construída. "Como é um terreno muito arenoso, a água teve infiltração do rio para a vala", disse o presidente do Semae. "Esse foi o problema técnico que aconteceu: houve uma compactação", pontuou.

De acordo com Schiavuzzo, a obra já está sendo refeita pela empreiteira responsável a custo zero para o Semae. "Tive uma reunião com o dono da empresa. Ele vai fazer a recuperação", garantiu. "Nós estamos tocando esse problema com muita tranquilidade, pois sabendo que vamos recuperá-la", disse, em referência à Avenida Cruzeiro do Sul.

 

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTOS: Gustavo Annunciato / MTB 58.557



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Legislativo José Longatto

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