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18 DE OUTUBRO DE 2010

I Ciclo Nacional de Conversas Negras: Câmara de Vereadores de Piracicaba parabeniza organizadores


A Câmara de Vereadores de Piracicaba, conforme iniciativa dos parlamentares: João Manoel dos Santos (PTB) e Bruno Prata (PSDB), na reunião ordinária de hoje (18/10/ (...)



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução


A Câmara de Vereadores de Piracicaba, conforme iniciativa dos parlamentares: João Manoel dos Santos (PTB) e Bruno Prata (PSDB), na reunião ordinária de hoje (18/10/10), aprovou o teor da Moção de Aplauso (126/10), que parabeniza os idealizadores do Projeto Raízes de Áfricas, coordenado por Arísia Barros pela realização do Primeiro Ciclo Nacional de Conversas Negras, evento realizado em Maceió, Alagoas, no bairro do Farol. O evento ganhou repercussão nacional. Na oportunidade as políticas de ações afirmativas de Piracicaba ganharam destaque, a exemplo da lei de cotas no serviço público, que reserva 20 por cento das vagas aos afrodescendentes; a instituição do feriado municipal no dia 20 de novembro, em alusão ao herói nacional Zumbi dos Palmares. Além de outros programas de ações sociais que se encontram em consonância com o Decreto Federal Nº 4.228, de 13 de Maio de 2002, aprovado no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que instituiu no âmbito da Administração Pública Federal, o Programa Nacional de Ações Afirmativas.

 

No Primeiro Ciclo Nacional de Conversas Negras, a coordenadora do evento, Arísia Barros destacou a possibilidade do encontro de diversas artes para que elas se dialoguem sobre o pertencimento identitário de nossas ações afirmativas, na promoção do estabelecimento de canais de comunicação entre populações e as instituições locais e incentivar o sentimento de pertencimento étnico e social.

 

O Primeiro Ciclo Nacional nasceu da interlocução entre o movimento social/Projeto Raízes de Áfricas e diversas instituições como, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Ministério da Educação, Ministério da Igualdade Racial, Centro Universitário Cesmac, Braskem, Secretaria de Estado da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos. Além da Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social, Secretaria Municipal de Educação, Caixa Econômica Federal, Secretaria de Estado da Defesa Social, Polícia Civil do Estado de Alagoas, Faculdade Maurício de Nassau, Livrarias Paulinas, Faculdade Integrada Tiradentes, Instituto Federal de Alagoas e Polícia Militar.

 

O evento se pautou na busca de construção e consolidação de movimentos permanentes para a promoção da abolição de idéias, conceitos, preconceitos que interferem na construção do ideário sócio-étnico. A busca é pelo encurtamento da sociedade com o ideário acadêmico, das conversas negras e de pesquisas que exploram de forma positiva a etnicidade negra. 

 

O termo Agosto Negro surgiu na década de 70,  na Califórnia, nos Estados Unidos, caracterizando-se como um mês de grande significado para a cultura negra por ser uma data de resistência contra a repressão e de esforços individuais e coletivos contra o racismo.

 

A repercussão positiva do movimento negro norte-americano originou adaptações do August Black à realidade local de outros países, como Cuba, Jamaica, África do Sul, França e Rússia, que enfrentaram a discriminação e desigualdade racial.

 

A consideração é que construir esta ação representa criar possibilidades de reflexão e o redimensionamento da questão estrutural do racismo, não só nos currículos, mas em todo os espaços formativos na busca de criar um processo de diálogo social que contemple e problematize temas relacionados à discriminação e desigualdades raciais. A preocupação é discutir o racismo a partir da violência de caráter edêmico, implantado em um sistema de relações assimétricas, fruto da continuidade de uma longa tradição de práticas institucionalizadas.

 

O Primeiro Ciclo Nacional de Conversas Negras também serviu para a criação da Carta de Maceió, que pauta as discussões sobre a problemática do povo negro, nos anos de 2011 a 2014.

 

Cópias da Moção serão direcionadas ao Instituto Mídia Étnica-Salvador/Bahia; Assessoria Especial de Políticas da Igualdade Racial-Goiânia-Goiás; Coletivo de Entidades Negras- CEN/Pernambuco; Comissão Nacional de Jornalistas pela Igualdade Etnicorracial da Federação Nacional dos Jornalistas/CONAJIRA; Rede de Desenvolvimento Humano - REDEH-Rio de Janeiro; Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial- COJIRA - Alagoas/Rio de Janeiro/Distrito Federal/São Paulo; Coletivo de Clubes Sociais Negros do Rio Grande do Sul-RS; Secretaria Municipal de Reparação-Salvador/Bahia; Centro de Documentação, Cultura e Política Negra de Piracicaba-SP; Irmandade de São Benedito de Piracicaba-SP, na pessoa do Provedor José Mariano; Prefeitura Municipal de Piracicaba; Conselho Estadual do Negro, do Estado de São Paulo, presidenta, Elisa Lucas e Federação das Industrias do Estado de Alagoas (Fiea) na pessoa de seu presidente Sr. José Carlos Lyra de Andrade.

 

Martim Vieira Mtb 21.939

Foto: Fabrice Desmonts Mtb 22.946



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939


Câmara Legislativo

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