
24 DE AGOSTO DE 2010
O expediente da reunião ordinária desta segunda-feira (23) foi suspenso por dez minutos para o pronunciamento do historiador da Câmara, Fábio Bragança, que mais uma (...)
O expediente da reunião ordinária desta segunda-feira (23) foi suspenso por dez minutos para o pronunciamento do historiador da Câmara, Fábio Bragança, que mais uma vez ocupou a tribuna do plenário para prestar esclarecimentos sobre o caso do terreno onde funciona o estacionamento da Casa de Leis.
No último dia 16 o provedor da Irmandade de São Benedito de Piracicaba, José Mariano, ocupando a tribuna, reivindicou parte do terreno para a Igreja de São Benedito. Mariano tem em seu poder uma foto que comprovaria a existência de um prolongamento da igreja onde funcionaria a sacristia, que mais tarde seria derrubado e teria sua área incorporada ao estacionamento da Câmara. A Irmandade de São Benedito também acredita ter sido o entorno da igreja um cemitério de escravos negros.
Bragança esclareceu que por determinação do presidente da Câmara, vereador José Aparecido Longatto (PSDB), reuniu vários documentos que comprovam a posse do estacionamento, como a matrícula no cartório de imóveis e cópias de atas de reunião do Codepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba) que registram o desconhecimento do fato de haver restos mortuários enterrados no terreno.
O historiador colocou-se à disposição de qualquer interessado para exibir os documentos, que agora integram o arquivo histórico da Câmara. Ele também sugeriu a medição do terreno da Câmara e a posterior comparação com as delimitações apontadas na escritura do imóvel, para que seja reconhecida a exata área de propriedade da Casa de Leis.
O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) defendeu que é preciso conhecer o histórico de compra e venda do imóvel para se ter certeza da posse. Segundo ele, consta na escritura que a Câmara comprou o terreno de José Ferraz de Camargo Júnior, mas não há registros anteriores a esta negociação. “De quem ele comprou o terreno?”, questionou o parlamentar. Para Paiva, o processo de comprovação ainda não está encerrado e é necessário cuidado no tratamento da questão para que não sejam cometidas injustiças.
Ademir Barbosa – MTb 54.006
Foto: Fabrice Desmonts – MTb 22.946