31 de outubro de 2025

Fisioterapia com estimulação cognitiva para idosos é abordada na Tribuna Popular

Prática focada na memória, atenção, raciocínio e linguagem foi abordada pela fisioterapeuta Luciana Maimone da Silva Cardozo na Tribuna Popular desta quinta-feira (30)

A fisioterapeuta e gerontologista Luciana Maimone da Silva Cardozo, em discurso na Tribuna Popular da 62ª Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Piracicaba, na noite desta quinta-feira (30), falou sobre os impactos positivos da fisioterapia com estimulação cognitiva para idosos como forma de melhorar a autonomia e a saúde mental no envelhecimento.

Em seu discurso, ela abordou a tríade do cuidado integral, metodologia que abarca: a fisioterapia motora (focada no fortalecimento muscular, no equilíbrio, na coordenação e na prevenção de quedas); a fisioterapia respiratória (pautada no fortalecimento respiratório, na eliminação de secreções e prevenção de pneumonias); e a estimulação cognitiva (que trabalha a memória e a atenção; o raciocínio e a linguagem; e o retardo da demência).

“A fisioterapia não se restringe apenas à fisioterapia motora e respiratória, mas também conta com a estimulação cognitiva. Considero isso crucial porque a gente não consegue fazer nada da parte motora e respiratória sem a cognição. Por quê? Em qualquer idade, nosso cérebro tem a capacidade de se renovar a cada dia, se for estimulado. E a cognição nada mais é que o ato de pensar, agir e falar. E o idoso, nessa parte, ele é muito afetado por conta do envelhecimento. Então, eu faço a estimulação cognitiva junto com a fisioterapia para que haja uma qualidade de vida, uma autonomia melhor para o bem-estar do idoso”, disse Luciana.

Ela apresentou um exemplo de exercício de estimulação cognitiva, em que duas idosas participam de uma espécie de competição. Frente a frente em uma mesa, a partir de um comando de voz, elas são estimuladas a pegarem uma das três bolas coloridas solicitadas pela terapeuta. Vence quem pegar primeiro.

“Com a estimulação cognitiva, o idoso tem o direito de pensar, reagir melhor, raciocinar e com isso ele consegue fazer toda a atividade, tanto a motora como a respiratória e também suas atividades laborais com autonomia”, acrescentou.

A fisioterapeuta também abordou a necessidade de amparo e preparo às famílias que cuidam dos idosos: “a família também sofre com os problemas dos idosos. Tanto idoso com demência ou sem demência, por conta do envelhecimento, as famílias não sabem como agir, ficam perdidas. Então, eu tenho o objetivo de incentivar palestras para que haja uma orientação, uma melhor conscientização dessas famílias. Porque precisamos dar um acolhimento, uma escuta, não só para o idoso, mas também para os familiares, para que haja uma conscientização familiar e o idoso compartilhe com esse bem-estar e ambos não sofram e sim tenham autonomia e bem-estar para melhor viver em paz”.

O discurso completo de Luciana Maimone da Silva Cardozo pode ser visto no vídeo acima.

Texto: Fabio de Lima Alvarez - MTB 88.212
Supervisão: Rodrigo Alves - MTB 42.583

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