A moradora do Jardim Brasília Hereunice Aparecida da Silva Parizoto, fez uso da tribuna popular na Reunião Ordinária desta segunda-feira (18/04), para solicitar empenho por parte das autoridades locais para resolver o problema criado pela Estação de Tratamento de Esgoto do Piracicamirim (ETE).

Segundo Hereunice, em 1998 foi formada uma comissão por um grupo de moradores do bairro, que realizaram visita ao ETE Piracicamirim, com as autoridades responsáveis pela gestão, mas nada foi resolvido.

“Cansados das promessas da SEMAE, fizeram um abaixo assinado com mais de 1000 assinaturas de moradores da região e junto com representação política local foram a CETESB”, comentou a munícipe.

Ela comentou que em 2003 foi instaurado processo na Promotoria Pública de Meio Ambiente e em maio de 200, veio a respostas dizendo que em 60 dias a prefeitura teria que abrir licitação para solucionar o problema do gás sulfídrico, mercaptanas, metano, que são nocivos a saúde.

“Essas providencias foram tomadas só em 2008, neste período a Comissão se desfez, visto que autoridades locais não se importavam com o mau cheiro, que esses gazes causam, assim como o mal que causam a população do Jardim Brasília”, disse Hereunice.

De acordo com a moradora no dia 16 de abril, o prefeito Barjas Negri (PSDB), chamou autoridades, jornalistas e moradores da região para falar sobre a ETE. Também estiveram presentes na ocasião o presidente do SEMAE Vlamir Schiavuso, que falou sobre as medidas tomadas desde 2009 para solucionar o problema e o vereador André Bandeira (PSDB). “ O que muito me espantou foi fala do vereador, pois ele é morador da Vila Independência,  conhecedor do problema e disse que esteve várias vezes no gabinete do prefeito para reclamar do cheiro. Pois bem, ele sabia como estava a situação e não dividiu as informações com a comunidade”, disse a oradora.

“O problema da ETE Piracicamirim foi comparado com doenças como câncer e AIDS, venho informá-los que qualquer doença diagnosticada no começo, tem cura sim, inclusive essa do ETE Piracicamirim, se houvesse um pouquinho mais de amor a Piracicaba o problema já teria sido solucionado”, falou emocionada.

Em seguida ela comentou que a atual administração comparou o problema à reforma de uma casa e lembrou que a casa é pintada, pelo menos uma vez ao ano, são realizadas obras sempre que necessário, enfim, cuida da casa, o que não é feito na Estação de Tratamento de Esgoto.

“A Estação está bem na entrada de Piracicaba, imagine o que os visitantes pensam quando entram em nossa cidade, devem dizer: Nossa que perfume  ofertado a quem chega a Piracicaba, as autoridades desta cidade gosta muito dela, mesmo”, finalizou.

Patrícia Sant’Ana Amancio _ MTb: 24.154
Foto: Fabrice Desmonts _ MTb: 22.946