PIRACICABA, QUINTA-FEIRA, 28 DE MARÇO DE 2024
Aumentar tamanho da letra
Página inicial  /  Webmail

25 DE OUTUBRO DE 2019

Encontro discute representatividade das mulheres na política


Iniciativa suprapartidária é da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara, que trouxe palestra de cientista política na programação de abertura



EM PIRACICABA (SP)  

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)
Salvar imagem em alta resolução

Hannah Maruci Aflalo pesquisa gênero e política na USP - foto: Márcio Bissoli (MTB 48.321)






As mulheres são 51% da população brasileira e 52% do eleitorado, porém, no quesito “representatividade”, sofrem com o chamado efeito “teto de vidro”. Dentro dos partidos políticos são 42% das filiações, 20% nos diretórios e executivas e 29% das candidaturas. Os dados são do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e foram apresentados pela cientista política Hannah Maruci Aflalo, na palestra “Representatividade das mulheres na política”, ministrada na noite desta sexta-feira (25), na abertura da programação do encontro suprapartidário “Por mais mulheres na política”.

Hannah é uma das fundadoras do Grupo de Estudos sobre Política e Gênero (Gepo) da USP (Universidade de São Paulo), onde faz o doutorado em ciência política. Ela esteve no Salão Nobre Helly de Campos Melges a convite da vereadora Nancy Thame (PSDB), que integra a Procuradoria Especial da Mulher da Câmara, responsável pelo encontro, organizado também pelo Ministério Público do Estado de São Paulo.

Ainda a partir de dados do TSE, a cientista política lembrou que as cotas para mulheres foram pensadas como alternativa para aumentar o número de eleitas para os cargos públicos, mas sua aplicação depende de diversos fatores. A legislação brasileira no âmbito federal é de 1995 e sua aplicação tem início três anos depois. Em 1998, a cota previa o lançamento de 1326 candidaturas femininas, das quais 509 foram cumpridas pelos partidos e 29 alcançaram efetivamente um cargo. Em 2018, a cota era de 2306, com 2308 mulheres na disputa eleitoral e 77 eleitas.

Segundo Hannah, o efeito "teto de vidro" demonstra que conforme sobem as posições, a representatividade diminui. "Ser mulher significa fazer política todos os dias", declarou, ao apresentar as barreiras para a participação política da mulher, como os estereótipos de gênero, a violência simbólica, a desconfiança sobre a capacidade e a ideia de que política não é lugar de mulher. “Nos partidos, são relegadas às bases e menos nas decisões, como ainda o capital de investimento é menor”, completou.

Entre os caminhos apontados pela cientista política estão o aumento da pressão sobre os partidos políticos, a fiscalização da prática do lançamento de "candidaturas laranjas" e a formação de mulheres. “A formação política é uma das formas de levar conhecimento das regras eleitorais, de como a mulher pode se inserir na política e de buscar novas leis, que a incentivem efetivamente.”

A pesquisadora comentou ainda sobre um projeto de lei de iniciativa popular, de caráter suprapartidário, para que a legislação seja adequada e 50% das vagas nos partidos sejam reservadas às mulheres, das 25% para mulheres negras.

Outro dado demonstrado pela cientista é de 2015, do Fórum Econômico Mundial de Davos, que divulgou o Índice Global de Desigualdade de Gênero. Nele, a constatação é a de que a igualdade de gênero só será alcançada em 200 anos.

ENCONTRO -- A vereadora Nancy Thame acredita que defender a participação feminina nos espaços de poder não se trata de competição com o universo masculino. "Não podemos nos isolar. Precisamos ter a nossa força e contagiá-los para tê-los conosco", reforçou. Sobre o encontro, a vereadora afirmou que ele serve para que as mulheres formem uma corrente, entendam o momento atual e se posicionem. "Do contrário vamos continuar colecionando paredes com fotos de homens. Onde estão os 52% das eleitoras?", refletiu, ao destacar que 25% das Câmaras de Vereadores no país não possuem voz feminina.

Para o presidente da Câmara, vereador Gilmar Rotta (MDB), o país passa por mudanças drásticas, o que exige novos olhares sobre as questões políticas. “Na política, não se vê mais lideranças novas, tanto no cenário estadual quanto no municipal. Este é o momento de as mulheres entrarem com força e assumirem suas posições”, disse.

A secretária da Ação Cultural e Turismo (SemacTur), Rosângela Camolese, e a promotora aposentada do Ministério Público do Estado de São Paulo, Maria Christina Marton Corrêa de Freitas, também participaram da abertura do evento. “Quanto mais unidas tivermos, mais fortes estaremos para com os homens – e não contra eles. É o caminho para termos uma sociedade mais humana, justa e fraterna", declarou Rosângela. “As diferenças vão muito além do sistema distributivo e por conta disso temos muito a debater”, disse Maria Christina.

A programação do encontro suprapartidário "Por mais mulheres na política" continua neste sábado (26), das 8h30 às 17h, também no Salão Nobre Helly de Campos Melges da Câmara. A sociológia Fátima Jordão, do Instituto Patrícia Galvão, deveria participar da atividade de abertura, mas se ausentou em função de contratempo.

 

 Fotos: Márcio Bissoli



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Procuradoria Especial da Mulher Nancy Thame

Notícias relacionadas