O coordenador geral da ONG Casvi (Centro de Apoio e Solidariedade à Vida) fez uso da Tribuna Popular na Reunião Ordinária desta segunda-feira (17/05) para falar sobre a importância do Dia Mundial contra a Homofobia, data que marca a retirada da homossexualidade da lista de Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Anselmo informou também que seguirá para Brasília uma caravana com mais de 30 pessoas, para participar do VII Seminário de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, no Auditório Nereu Ramos, Câmara dos Deputados, Congresso Nacional, que terá como tema: Direitos Humanos de LGBT: Cenários e Perspectivas, nesta terça-feira (18/05) e da 1ª Marcha Nacional contra a Homofobia, na quarta-feira, dia 19, onde será realizado o 1º Grito Nacional pela Cidadania LGBT e contra a Homofobia.

Participam do movimento - que se concentrará em frente à Catedral Metropolitana de Brasília, a partir das 9 horas - 237 organizações afiliadas à Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Depois, a Marcha segue até o Congresso Nacional, onde o segmento reivindicará dos parlamentares a aprovação imediata do Projeto de Lei Complementar n.º 122/2006 que estabelecerá normas de combate a todo tipo de discriminação, incluindo a homofobia.

A ONG apresentou vídeo da 2ª Parada LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) realizada em 2008 na cidade de Piracicaba que teve como tema: Homofobia Mata e pediu a criação de uma Lei Municipal que puna a descriminarão aos homossexuais.

Em seguida foi suspenso o pequeno expediente, conforme Requerimento de autoria do vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), para que o assunto fosse amplamente debatido pelos membros da ONG Casvi.

Segundo Pamela Godoy, a ONG que completará 18 anos em setembro, fundada em 1992, inicialmente com o objetivo de prestar assistência aos portadores do vírus HIV (sintomáticos e não sintomáticos), tida como modelo devido as diversas áreas em que atua.

A Casvi realiza distribuição de cestas básicas, assistência psicossocial e jurídica

promove ações visando a saúde como os projetos Sangue Bom, que atua com usuários de álcool e drogas; Esquina da Noite, que trabalho com profissionais do sexo; Vivendo a Diversidade, voltado a população LGBT, jovens e educadores e o Projeto AGRADE que visa reintegrar a detenta e a sociedade através de oficinas de geração de renda desenvolvida através de parcerias com município, entidades sociais e empresas.

Ao fazer uso da palavra a Coordenadora do Núcleo LGBT da Casvi, Luciana Stocco falou de entidades, principalmente de saúde, que não respeitam a Lei que as obrigam a usar o nome social dos transexuais e travestis, ao invés do nome de batismo, causando constrangimento quando são chamadas em local público, como sala de espera de atendimento.

Para o vereador Paiva, a abertura do debate é muito importante para que se construa uma sociedade mais justa e igualitária. Já o vereador José Longatto, presidente do Legislativo, a Câmara estará sempre aberta para discussões. Explicou que a Lei que eles pedem precisa ser primeira aprovada pelo Senado para depois a Câmara poder fazer algo.