
01 DE JULHO DE 2011
Liliane Cristina Alves Brandão, assistente de direção do Centro Educacional Vivo (C.E.V.), procura não perder o bom humor ao falar das duas vezes em que “quase apan (...)
Liliane Cristina Alves Brandão, assistente de direção do Centro Educacional Vivo (C.E.V.), procura não perder o bom humor ao falar das duas vezes em que “quase apanhou” por conta do trânsito na frente da escola em que trabalha. “Um pai de aluno saiu do carro e me ameaçou”, relembra, demonstrando a necessidade urgente da via – a travessa “Evangelho Vivo” – ser transformada em mão única para atender não apenas a necessidade de uma comunidade de cerca de 300 estudantes, além de pais e vizinhos, como também se adequar à legislação vigente.
Para viabilizar a reivindicação, a escola procurou o vereador João Manoel dos Santos (PTB), presidente da Câmara de Vereadores de Piracicaba, com o objetivo de agilizar o contato com a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Semuttran). Na semana passada, a assessoria do vereador esteve no local para coletar relatos da comunidade, assim como um abaixo-assinado solicitando a mudança na via.
“O problema é que, pelo fato da rua ser estreita e os carros virem nos dois sentidos, quando há veículos estacionados, fica impossível a travessia de um dos fluxos”, explica Karina San Juan, a diretora da escola, quem teve, inclusive, de ajudar Liliane quando um pai se exaltou a ponto de oferecer perigo à integridade física da sua assistente. “A solução é simples, e depende apenas da Prefeitura em tornar a travessa mão única, o que eliminaria todo o problema”, salienta.
A travessa Evangelho Vivo, no bairro Piracicamirim, liga as ruas Jorge Zohlner (mais próxima à avenida Alberto Vollet Sachs) e Roberto Mange. Para tentar amenizar o problema, a escola procura soluções paliativas como alternar a saída dos estudantes, liberados por grupo, mas o que, muitas vezes, não é possível, especialmente na entrada dos estudantes. “O C.E.V. teve um crescimento repentino e, por conta disso, a estrutura em frente à nossa escola precisa ser adequada esta nova realidade”, argumenta a diretora Karina.
Tornar a via em frente à escola mão única também representa acertá-la à legislação vigente, já que, desde 1993, uma lei de autoria do vereador João Manoel dos Santos, estabeleceu que as ruas em frente a unidades de ensino deveriam ser mão única para facilitar o fluxo de veículos e pedestres. A lei, aprovada há quase 20 anos, foi sancionada pelo prefeito, na época Antonio Carlos de Mendes Thame (PSDB) e vigor até os dias atuais.
Mão de três estudantes da C.E.V., Beatriz Silva sofre na pele o problema do tráfego pesado em frente à escola dos filhos. “A gente vê esse problema diariamente, sempre quando precisa buscá-los”, destaca. Ela tem a filha Ana Beatriz, de 14 anos, matriculada no nono ano da Escola Fundamental; Marcos Júnior, de 7 anos, no segundo ano da Escola Fundamental, e Luiza, de apenas 5 anos, estudante do Jardim II. “Posso dizer que sofro com o problema nos três períodos, de manhã, tarde e à noite”, lembra Beatriz.
Texto: Erich Vallim Vicente MTb 40.337
Fotos: Fabrice Desmonts MTb 22.946