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16 DE AGOSTO DE 2010

Comitiva local reforça luta em defesa da Bacia do Rio Piracicaba


O integrante do Fórum Permanente em Defesa do Rio Piracicaba, presidente do Lions Centro, Nelson Pinotti, ocupou a Tribuna da Câmara na reunião ordinária de hoje (1 (...)



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Comunicação Salvar imagem em alta resolução


O integrante do Fórum Permanente em Defesa do Rio Piracicaba, presidente do Lions Centro, Nelson Pinotti, ocupou a Tribuna da Câmara na reunião ordinária de hoje (16) para reforçar o convite aos vereadores e a população em geral para se integrarem à comitiva especial que na manhã desta terça-feira (17), às 8h00 parte de Piracicaba, defronte à Câmara de Vereadores, em ônibus especial, com destino à Secretaria Estadual de Saneamento e Energia para entrega de abaixo-assinado com 32 mil assinaturas de pessoas insatisfeitas contra os termos atuais da outorga do Sistema Cantareira, na retirada de água do Rio Piracicaba. 

 

Pinotti retratou os três a quatro anos na defesa de mais água para a Bacia do Piracicaba, o que remete à luta desde 1974, onde o rio passou a ceder água para o sistema Cantareira, o que acarretou somatória de problemas com a baixa vazão. Lembrou que a primeira mobilização aconteceu por força do Fórum Permanente em Defesa da Bacia do Rio Piracicaba, que resultou na assinatura de novos termos, na organização de cinco entidades, num colegiado, por intermédio de carta aberta à população, em ações para conseguir avanços em prol do Rio Piracicaba.


Pinotti comentou sobre a Secretaria de Saneamento da Capital, Sabesp, CPJ e outras entidades na retomada de discussões esquecidas há mais de 30 anos, quando o Estado tomou a decisão de novo estudo de Plano Diretor.


O intuito da viagem à capital paulista é discutir com a secretária, Dilma Seli Pena, a necessidade de agilidade do processo de produção de água para abastecer a grande São Paulo, com nove milhões de pessoas. O Sistema Cantareira retira do rio Piracicaba entre 29 e 31 metros cúbicos de água por segundo.


O índice é menor do que antigamente, pois em 2004 a cidade conquistou uma outorga para que o Cantareira liberasse para o Piracicaba 6 metros cúbicos de água/segundo, o que, de certa forma, “salvou” o rio da míngua da vazão no período de estiagem.


Hoje, 95 por cento da água que abastece Piracicaba é retirada do rio Corumbataí. “Se houver algum problema com o Corumbataí e precisarmos do Piracicaba, não teremos como tratar. É uma luta estratégica, nosso rio é muito poluído e tem pouca água”, defende Nelson Pinotti, que também é presidente da campanha Mais Água para a Bacia.


O documento que será entregue à Secretaria Estadual não apenas reitera o pleito das entidades em defesa da Bacia do Piracicaba por mais água, como apresenta algumas possíveis soluções para a causa. A ideia é que haja água suficiente para a Bacia, bem como para abastecer o Sistema Cantareira como mantenedor da demanda da Grande São Paulo. Entre as possibilidades apontadas pelas entidades de defesa no documento, estão a necessidade de um trabalho de despoluição do rio Tietê, que atravessa a Capital. Outra sugestão é a busca de água de Barra Bonita, que seria transferida a São Paulo por intermédio da construção de um aqueduto. Uma terceira alternativa apontada pelo documento, seria a construção de mais barragens na região do Alto Tietê para abastecer São Paulo. A construção de barragens nos rios Atibaia, Camanducaia e Jaguari também poderia suprir a Bacia do Piracicaba.

 


Martim Vieira Mtb 21.939

Fonte: Gazeta de Piracicaba

Foto: Fabrice Desmonts Mtb 21.939

 



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939


Câmara Legislativo

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