
01 DE OUTUBRO DE 2009
O vereador Carlos Gomes da Silva, o Capitão Gomes (PP), na tarde de ontem (30), protocolou representação no Ministério Público, dirigida ao Promotor do Meio Ambient (...)
O vereador Carlos Gomes da Silva, o Capitão Gomes (PP), na tarde de ontem (30), protocolou representação no Ministério Público, dirigida ao Promotor do Meio Ambiente da Comarca de Piracicaba, Fábio Salem Carvalho para reafirmar a oportunidade de novas discussões sobre a construção de unidade prisional na cidade, que poderia explorar a região do bairro Paredão Vermelho, distante da região urbana, como local ideal para este tipo de empreendimento.
Na representação, o vereador Capitão Gomes destaca que é de conhecimento público, a pretensão do Governador do Estado, José Serra (PSDB), na construção de nova unidade prisional em Piracicaba, tendo como local as margens da Estrada Piracicaba-Limeira, SP 147.
Gomes ressalta que desde o início procurou mostrar que as questões ecológicas e ambientais, assim como a segurança dos piracicabanos estavam comprometidas com a construção de nova penitenciária naquele local. Assim, a defesa é que a referida construção seja realizada em ponto mais afastado, tanto da estrada como das margens do Rio Piracicaba.
Com a recente notícia de que o Goveno do Estado, por intermédio da Secretaria de Administração Penitenciária, suspendeu a licitação, para a realização de novos estudos, o entendimento é que o momento é propício para novas discussões sobre o caso.
Segundo o vereador Capitão Gomes, a discussão do novo local para o presídio conta com a participação do prefeito Barjas Negri, que em matéria divulgada pela Gazeta de Piracicaba, edição do dia 18 de setembro, diz que se houver problema ambiental, que inviabilize a construção na área pretendida, fosse acatado a sugestão apontada pelo vereador Gomes. "Isso deveria ter sido debatido antes do início do projeto", finalizou o chefe do Executivo.
Para reafirmar a importância de discussões sobre a mudança da penitenciária, Capitão Gomes enfatiza que o local proposto encontra-se próximo ao atual Centro de Detenção Provisória, o que representa um perigo numa possível rebelião, mormente agora que as comunicação entre os presídios se faz com a maior facilidade, através dos telefones celulares.
Isso, segundo ele, facilita um plano de fuga coordenado com grande risco aos moradores das imediações. Nos dias atuais, os armamentos utilizados pelos delinquentes, de grande poder ofensivo, cujos projéteis atingem a vários quilômetros, poderia fazer vítimas de balas perdidas a longa distância, como o Bairro Santa Rosa, ESALQ, Monte Alegre e outros, pois uma bala de fuzil pode atingir até 5.000 metros, o que representa mais um risco à população.
Capitão Gomes também relata que o meio ambiente seria grandemente comprometido com a construção do presídio no local proposto, pois, em grande parte a mata ciliar do Rio Piracicaba seria prejudicada de forma irreversível, pois inúmeras espécimes da flora e da fauna nativas seriam destruídas pelas obras. "A nossa sugestão, já levada ao conhecimento público, através do jornal Gazeta de Piracicaba, desloca a construção para outro lado do município de Piracicaba, distante da zona urbana do município e da zona rural dos distritos, com indicação para a região do Paredão Vermelho", relata.
Nos documentos apresentados à Promotoria Pública, Capitão Gomes demonstra que a região do Paredão Vermelho apresenta grande vazio de edificações, com áreas de segurança para os moradores, como para a cidade em geral, além do custo das desapropriações ser de menor vulto.
Assim, a recomendação é que o Ministério Público providencie as tratativas para que o local da construção do futuro presídio possa acontecer em Piracicaba, em local mais afastado e, que sejam obervado os impactos ambientais do empreendimento.
Martim Vieira Mtb 21.939
Foto: Fabrice Desmonts Mtb 22.946