O vereador Paulo Camolesi (PV) protocolou na última terça-feira (27) indicação ao Executivo sugerindo a instalação de uma Controladoria Geral do Município em Piracicaba. A proposta tem inspiração na CGU (Controladoria Geral da União), que foi criada em 2001, no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

No documento, Camolesi ressalta que capitais, como São Paulo e Curitiba, e mesmo cidades menores, como a vizinha Iracemápolis, já têm o órgão, que fiscaliza as contas do município a fim de, como afirma o vereador, "evitar que a corrupção corra solta nos negócios públicos a partir dos processos licitatórios e dos contratos".

Em São Paulo, menos de cinco meses após ser implantada pelo atual prefeito, Fernando Haddad (PT), a controladoria investigou e ajudou a prender em outubro de 2013 quatro servidores da Subsecretaria da Receita acusados de desviarem R$ 200 milhões em três anos. Segundo dados da Prefeitura paulistana, no primeiro ano de atuação, o órgão contabilizou 11 funcionários públicos presos, 394 denúncias recebidas, cinco operações realizadas junto com a Polícia Civil, dez inquéritos administrativos abertos e 66 sindicâncias instauradas.

Já na Prefeitura de Curitiba, o Departamento de Controladoria, anexo à Secretaria Municipal de Finanças, foi implantado em 2000 e é composto somente por funcionários concursados das áreas de finanças, contabilidade, economia, administração e direito. O órgão analisa e cuida de todas as licitações e contratos da administração direta, com exceção de obras e da área de tecnologia e informação, que possuem setores próprios, mas, ainda assim, enviam à controladoria as alterações contratuais.