Docentes e funcionários locais de Etecs (Escolas Técnicas) e Fatecs (Faculdades de Tecnologia) participaram de ato no plenário da Câmara de Vereadores de Piracicaba para reivindicar que o plano de carreira da classe seja levado à votação na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). O encontro, na manhã desta sexta-feira, 14, foi aprovado a partir de requerimento do vereador José Antônio Fernandes Paiva (PT). 

Em greve desde 17 de fevereiro, os profissionais exigem reajuste salarial e a consolidação de um plano de carreiras que permita progressão salarial, conforme o tempo de serviço e as titulações, além de benefícios como auxílio-alimentação. Como forma de pressionar a Alesp a votar as medidas até 30 de março, professores e docentes entregaram abaixo-assinado com 1.300 assinaturas ao deputado estadual Roberto Morais (PPS) e à assessoria do deputado Dilmo dos Santos (PV). 

“O trabalhador só cessa suas atividades quando não encontra, no seu empregador, o respeito às condições mínimas de trabalho ou remuneração”, lembrou Paiva. O encontro teve a participação do presidente João Manoel dos Santos (PTB) e dos parlamentares Laércio Trevisan Jr. (PR), Chico Almeida (PT), Paulo Camolesi (PV) e Luiz Carlos Arruda (PV). Também marcaram presença representantes dos deputados estaduais Gerson Bittencourt (PT) e Luiz Cláudio Marcolino (PT), além do diretor do Centro Paula Souza, Hermas Amaral Germek.

Em apoio às reinvindicações dos funcionários e professores, a Câmara aprovou a moção de apelo 46/2014, de autoria da mesa diretora, endereçada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), ao secretário estadual de educação Herman Voorwald e ao presidente da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação) Barjas Negri.

Segundo a professora Luciana Fischer, as assinaturas entregues aos deputados foram coletadas na manhã e tarde de ontem, em frente ao Terminal Central de Integração. "Em 2011, quando os professores do Estado entraram em greve, nós de Piracicaba demos um voto de confiança e continuamos nossas as atividades. Em 2013 formulamos o plano em conjunto com o sindicato da nossa categoria e o Centro Paula Souza, que deveria ser votado até o final do ano. Se não tivéssemos entrado em greve, ele nem seria encaminhado à Assembleia.”