
06 DE FEVEREIRO DE 2014
Diretoria do XV de Novembro conversou com parlamentar na tarde desta quinta-feira
Encontro na presidência debateu alternativas para facilitar acesso
Preocupado com o acesso das pessoas com deficiência no Estádio Barão de Serra Negra, o vereador André Bandeira (PSDB) reuniu-se com a presidência do Esporte Clube XV de Novembro na tarde desta quinta-feira (6), na sala da presidência da Câmara de Vereadores. Ele apresentou o projeto de lei de sua autoria, que cria o cartão municipal aos deficientes, e solicitou a padronização para a entrada desse público em dias de jogos. Além disso, um novo PL será formulado para a gratuidade até 12 anos.
Bandeira esteve no Barão para conferir o jogo do XV de Novembro contra o Palmeiras, realizado na noite de ontem (5). Ao chegar na área destinada a cadeirantes, foi informado que o acesso seria exclusivo e que o acompanhante deveria se dirigir a outro portão. A entrada foi autorizada somente depois de explicar suas limitações.
Diante do episódio, o parlamentar solicitou o encontro com a diretoria do clube para que padronizações ocorram nos demais jogos. O presidente da entidade, Celso Christofoletti, e o coordenador de projetos, Matheus Bonassi, garantiram que a entrada do acompanhante será liberada nas próximas ocasiões para as pessoas que necessitam de auxílio na locomoção ou deslocamento.
Christofoletti explicou que atualmente o deficiente cadeirante possui gratuidade, com direito a um acompanhante pagando a meia-entrada. No entanto, mesmo sendo gratuito, é necessária a retirada do bilhete. Para as demais deficiências, paga-se meia-entrada. Na conversa, Bandeira indagou o presidente sobre uma alternativa para tornar a entrega do ingresso menos burocrática e houve consenso de que a partir do próximo jogo, em 14 de fevereiro, a retirada será feita exclusivamente na secretaria do clube, tanto na hora do jogo como antecipada, ao lado do portão 2 (rua Silva Jardim, 849).
A reivindicação do vereador é amparada na preocupação de que todas as pessoas com deficiência garantam a gratuidade, incluindo aquelas que possuem limitações não visíveis. O portão 7 (na rua 13 de Maio) é destinado aos cadeirantes, onde também possuem acesso vendedores ambulantes e torcida organizada, enquanto o portão 3 (na esquina da rua Moraes Barros) serve para entrada de idosos e pessoas com outras deficiências. “A gente recebe muita cobrança, porque deficiente não é apenas o cadeirante”, disse Bandeira.
A restrição no acesso de pessoas com muletas também esteve em pauta. Bandeira questionou o motivo de as pessoas serem barradas com o objeto e, segundo os dirigentes, esta é uma restrição feita pela Polícia Militar. A partir da informação, o parlamentar pretende agendar uma reunião com Adriana Cristina Sgrigneiro, major da PM, para saber se é possível outra alternativa.
PÚBLICO INFANTIL – O incentivo à prática esportiva entre as crianças é uma das preocupações da diretoria do XV, que preza pela presença de um público familiar nos jogos sediados no Barão. No entanto, os mirins pagam o mesmo valor que os adultos. “Vamos formular um projeto de lei para a gratuidade até os 12 anos no município, desde que a criança esteja acompanhada por um responsável, sendo necessária apenas a apresentação de RG ou certidão de nascimento”, citou Bandeira.
Sobre o projeto de lei para a criação de um cartão municipal a pessoas com deficiência, protocolado esta semana, Bandeira explica que em 2005 houve um trabalho na cidade para a realização do cadastro dos deficientes, que contabiliza apenas três mil nomes. Ele considera o número defasado porque dados do próprio IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) atestam que a cidade possui 75 mil pessoas com algum tipo de deficiência. A intenção é que o documento seja expedido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social.