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12 DE MAIO DE 2011

"As marcas, o analgésico tira; a humilhação, não", diz Paiva sobre a agressão que sofreu


O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) agradeceu a solidariedade recebida de cidadãos, entidades e agentes políticos em razão da agressão que ele e seu filho (...)



EM PIRACICABA (SP)  

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O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) agradeceu a solidariedade recebida de cidadãos, entidades e agentes políticos em razão da agressão que ele e seu filho sofreram no último sábado (7), antes da partida entre XV de Piracicaba e Guarani, pela final do Campeonato Paulista da Série A2. Ele citou como exemplos as manifestações de apoio vindas do Sindicato dos Bancários de Jaú e Região, do deputado federal José de Filippi Júnior (PT-SP) e do senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Para o vereador, porém, o episódio deixará sinais que vão além dos hematomas que, quase uma semana após o ocorrido, permanecem em suas costas. "As marcas, o analgésico tira; a humilhação, não", afirmou Paiva, para quem, nessas situações, é preciso "ter mais razão do que emoção".

Ao usar a tribuna durante reunião ordinária na noite desta quinta-feira (12), Paiva disse querer saber os motivos que o levaram a ser agredido e reafirmou sua consideração pela Polícia Militar paulista. "Tranquilizo a todos que não estamos em guerra com a PM. Estamos ao lado da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Polícia Federal e da Guarda Civil Municipal para que garantamos a sensação de segurança à população", declarou o parlamentar.

"Quero fazer disso [do episódio da agressão] um desafio para que aprimoremos as relações entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. A polícia faz parte do Executivo, e aos legisladores cabem a fiscalização e a cooperação", disse Paiva, citando como exemplo de colaboração entre Câmara e PM a autorização, dada pelos vereadores, para que um terreno no Mário Dedini fosse doado à corporação.

Durante a conversa entre vereadores e o comando da Polícia Militar paulista, realizada na noite desta quinta-feira na Sala da Presidência da Câmara, Paiva entregou um dossiê ao tenente-coronel Waldir Ferreira da Silva, comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar do Interior. O documento traz detalhes da relação de Paiva, do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região e do Conespi com a PM, que tem gerado, desde 1992, resultados positivos ao município.

Uma das parcerias de maior destaque foi a sequência de 97 meses sem registro de assaltos a bancos em Piracicaba durante o horário de expediente, interrompida na tarde da última sexta-feira (7) com o roubo à agência do Bradesco na avenida Independência. "É por isso que fiz questão de que não maculássemos o nome da corporação, mas que fizéssemos a correção de conduta de algumas pessoas que desviam dos princípios da Polícia Militar de São Paulo", explicou o vereador.

Paiva disse querer apenas saber por qual razão ele foi atingido com golpes de cassetete e quem teria incentivado a atitude dos agressores. "Algum torcedor do Guarani foi detido? Se não, por quê? Mesmo sabendo, por que as polícias não intervieram para desviar a rota da torcida? Por que esse policial, que estava por dentro da divisória em que é feita a revista, pulou para tomar essa atitude [agressão contra Paiva], que os outros já tinham sob controle?", questionou o parlamentar.

Para o vereador, o caso pode mostrar a necessidade de os policiais terem acompanhamento psicológico, diante do estresse diário a que são submetidos. "Precisamos dar assistência a eles. É sabido que os policiais militares de São Paulo recebem a pior remuneração do país e precisam ter atividades paralelas para complementar a renda para sustentar suas famílias", concluiu Paiva.

 

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTOS: Gustavo Annunciato / MTB 58.557



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Legislativo José Paiva

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