A professora Roberta Iara Maria Lima, representando a Apeoesp (Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), ocupou a tribuna popular da Câmara durante o expediente da reunião ordinária desta quinta-feira (25) para criticar a proposta de reajuste salarial do Governo de São Paulo aos educadores da rede pública de ensino.

Segundo ela a categoria estaria sem reajuste há cinco anos se não fosse um acordo firmado em 2008, em que o Governo concedeu reposição inflacionária de 5 por cento mais a incorporação de uma gratificação em torno de 1 por cento do salário dos profissionais. A nova proposta seria a incorporação de outra gratificação, que corresponde a 15 por cento do salário e é paga a cada três anos.

De acordo com a professora, o Governo propõe dividir em três parcelas a incorporação da gratificação, sendo a primeira em 2010, a segunda em 2011 e a terceira em 2012. Mas a categoria não aceita. “No final, em 2012, o ganho real no salário seria de R$ 6,42. É uma vergonha!”, exclamou Roberta.

A professora rebateu a versão do Governo de São Paulo de que os professores receberão um reajuste de 25 por cento . Segundo ela, o acerto salarial contemplará 20 por cento da categoria a cada quatro anos, através de um sistema de promoção por mérito que avalia os profissionais pela assiduidade e pelo desempenho em uma prova classificatória.

Roberta também reclamou das condições de trabalho dos professores, dizendo que as escolas estão sucateadas e os baixos salários fazem com que muitos tenham uma carga horária de trabalho alta.

Ademir Barbosa – MTb 54.006
Foto: Márcio Bissoli – MTb 48.321