
24 DE MAIO DE 2011
Cerca de 30 ambulantes do Camelódromo, instalado ao lado do Terminal Central de Integração (TCI), estiveram na manhã desta terça-feira, 24, em frente da sede da Sec (...)
Cerca de 30 ambulantes do Camelódromo, instalado ao lado do Terminal Central de Integração (TCI), estiveram na manhã desta terça-feira, 24, em frente da sede da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda (Semtre), na esquina das ruas Voluntário e Santo Antônio, para exigir explicações da titular da pasta, Ângela Correa, sobre as freqüentes fiscalizações que o corredor comercial tem sofrido desde março deste ano. “Hoje (terça-feira, 24) novamente a Guarda Civil foi no Camelódromo”, disse Robson Roberto Alves, um dos que participava do grupo.
Na reunião ordinária de segunda-feira, 23, os ambulantes ocuparam a tribuna popular da Câmara de Vereadores de Piracicaba para denunciar a rigidez da fiscalização da Guarda Civil, que em inviabilizado a suas atividades comerciais. “A gente só quer trabalhar, com tranqüilidade, porque somos mães e pais de famílias, buscando o sustento de seus lares”, disse Roberto Alves. Enquanto aguardavam a recepção da secretária Ângela Correa – havia também a expectativa da ida do procurador-geral do município Milton Sérgio Bissolli –, os ambulantes reclamavam do tratamento dispensado pela Semtre e Guarda Civil.
“Minha filha de 10 anos estuda no Morais Barros, aqui perto, e nunca vimos policiamento na escola, que é cercada por moradores de rua, pessoas que ameaçam as crianças e seus pais”, disse uma ambulante, que preferiu não se identificar, por medo de represálias. Ela indaga, ainda, porque “há tantos guardas civis no Camelódromo, e quase nenhum nas escolas ou em outros pontos de venda de drogas”.
Marcelo Bongagna, assessor do vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT), que acompanhava os ambulantes na Semtre, disse que o trabalho do gabinete está em auxiliar estes trabalhadores no intuito de estabelecer um diálogo com a Prefeitura. “Era mais fácil quando o Camelódromo era administrado pela Sema (Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento)”, disse ele, ao sugerir que deveria tirar a administração da Semtre e retornar à Sema, ou, então, como sugeriu o vereador Paiva durante a reunião ordinária de segunda-feira, 23, “deixar para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (Semdes), já que o que o Camelódromo precisa é de um trabalho social e não uma ação de polícia”.
FOTO: Ambulantes que atuavam no Camelódromo, ao lado do TCI, aguardavam, na manhã desta terça-feira, audiência com a secretária Angela Correa (Semtre)
Texto e Foto: Erich Vallim Vicente MTb 40.337