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23 DE MAIO DE 2011

Ambulantes usam tribuna popular para denunciar opressão da prefeitura


Representantes da Associação dos Ambulantes do Camelódromo Central utilizaram a tribuna popular da Câmara de Vereadores, nesta segunda-feira, dia 23, para denunciar (...)



EM PIRACICABA (SP)  

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Representantes da Associação dos Ambulantes do Camelódromo Central utilizaram a tribuna popular da Câmara de Vereadores, nesta segunda-feira, dia 23, para denunciar a situação dos trabalhadores do Camelódromo instalado ao lado do Terminal Central de Integração (TCI). “Está havendo alguns confrontos entre ambulantes e a secretaria municipal de Trabalho e Renda, a Semtre”, disse Eliana Aparecida de Godoy, presidente da entidade. Ela relatou a severidade da aplicação da lei sobre quem atua no local, “este rigor tem sido para uns e não para outros”, disse ela.

Desde março deste ano, a Guarda Civil tem feito diligências constantes no Camelódromo do TCI. Na sexta-feira, 20, o vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) esteve no local para conversar com os trabalhadores, o que resultou no uso da tribuna popular para apresentar o problema a todos os vereadores. “Ambulante é uma classe com pouco estudo, formação, com mínima cultura, e depende da sua banca para sobreviver, mas alguns estão com seu ganha-pão fechado por 30, 60 dias”, ressaltou Eliana Aparecida.

Ela explica que, dentro da fiscalização a CDs e DVDs piratas, produtos ilegais, há um exagero por parte da Guarda Civil na aplicação da lei. “Acho que a lei deve ser cumprida, mas não pode ser assim, fiscalizou hoje e já fecha a banca, sem qualquer processo na justiça”, declarou, “precisamos de alguém que chegue com um projeto social, e não apenas com ação policial”, finalizou Eliana Aparecida.

Em seguida, Elaine Fernandes Rosada, advogada da associação dos ambulantes, também falou na tribuna popular. “Eles (ambulantes) estão sendo confundidos pela polícia como bandidos, traficantes, marginais, quando na verdade são trabalhadores, pais de famílias”, destacou Elaine. Ela relata que os guardas entram no Camelódromo, “já chutando, xingando, algemando menores, fechando bancas, o que está ocorrendo?”.

Elaine lembra, por exemplo, que em uma diligência na quarta-feira, 18, a Guarda Civil fez apreensão de dois mil CDs e DVDs, enquanto chegaram apenas 1,2 na delegacia, além disso, ela questiona o sumiço de R$ 860 de uma das ambulantes do Camelódromo ao lado do TCI.

Para o vereador Paiva, “os amigos do Camelódromo precisam que amanhã (terça-feira, 24) as bancas sejam reabertas, e dentro de 30 dias haja um processo para avaliar a situação destes trabalhadores”. Na tarde de segunda-feira, 23, disse o vereador, 21 guardas civis foram ao Camelódromo, “andaram de um lado para outro, andaram de um lado para outro, enquanto preciso de um Guarda Civil no Mário Dedini, onde a creche foi assaltada já oito vezes”.

No encaminhamento da relação dos camelôs com os fiscais da Prefeitura Municipal, o vereador José Aparecido Longatto (PSDB), líder do governo na Câmara de Vereadores de Piracicaba, disse que nesta terça-feira entrará em contato com o prefeito Barjas Negri, o procurador-geral do município Milton Sérgio Bissolli e a secretária municipal Angela Correa (Trabalho e Renda) para buscar uma solução rápida ao problema dos ambulantes do TCI. “A primeira atitude (da Câmara) será essa para que as bancas que estejam fechadas sejam reabertas, a partir de uma avaliação dos representantes da Prefeitura, mas ninguém aqui tem poder para abrir a banca”, salientou.

FOTO ACIMA: José Antonio Fernandes Paiva (PT) foi ao Camelódromo, ao lado do TCI, na sexta-feira, 20, e nesta segunda-feira, 23, levou os ambulantes à Câmara

FOTO ABAIXO: Eliana Aparecida de Godoy, da Associação de Ambulantes do Camelódromo Central, destacou que profissionais dependem de bancas, atualmente fechadas pela prefeitura municipal

 

Texto: Erich Vallim Vicente MTb 40.334

Fotos: Gustavo Annunciato MTb 58.557



Texto:  Comunicação


Legislativo José Paiva

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