O vereador José Antonio Fernandes Paiva (PT) questionou, durante reunião ordinária na noite desta quinta-feira (31), a intenção do prefeito Barjas Negri (PSDB) de construir uma nova ponte pênsil em Piracicaba. Ele relacionou uma série de investimentos em diversas áreas que poderiam ser feitos com os cerca de R$ 3 milhões que devem ser destinados à obra.

A posição expressa pelo vereador reproduz opiniões coletadas por uma pesquisa feita por seu gabinete. O levantamento foi realizado na Praça José Bonifácio, no Centro, e ouviu 122 pessoas com idade entre 16 e 69 anos. O método utilizado foi o de respostas estimuladas, ou seja, a cada entrevistado era concedido um cartão com as respostas, cabendo à pessoa apenas escolher uma entre as opções relacionadas. Para não haver favorecimento a nenhuma das respostas caso estivessem listadas em sequência, o cartão as apresentava em um círculo, em formato de "pizza", como nas pesquisas eleitorais feitas por grandes institutos.

Segundo o levantamento, 93 por cento dos entrevistados responderam "não" à seguinte pergunta: "Se você fosse o prefeito e tivesse R$ 3 milhões para investir em obras públicas, você construiria mais uma ponte pênsil?". Apenas 2,4 por cento disseram "sim", enquanto 4,1 por cento não souberam responder. Questionados sobre em qual área, então, aplicariam o valor a ser destinado à construção da nova ponte, 61,5 por cento das pessoas apontaram a saúde.

Durante a apresentação dos dados, Paiva mostrou que os R$ 3 milhões poderiam ser investidos em outras áreas que, segundo ele, têm mais prioridade. Com a verba, seria possível construir 133 casas do programa "Minha Casa Minha Vida", do governo federal, ou 16 unidades de atendimento do Programa de Saúde da Família ou, ainda, 6 escolas municipais com 210 vagas em cada uma. Também daria para comprar 60 novas viaturas para a Guarda Civil, criar 15 mil vagas integrais no Bolsa-Creche ou reformar o estádio Barão da Serra Negra. O valor permitiria ainda que a Prefeitura implantasse o projeto "Cidade Digital", reforçando a segurança na cidade, ou levasse adiante a reforma administrativa para o funcionalismo público ou o estatuto do magistério.

TEXTO: Ricardo Vasques / MTB 49.918

FOTO: Gustavo Annunciato / MTB 58.557