O vereador Laércio Trevisan Junior (PL) reuniu-se nesta quinta-feira (4) com o secretário municipal de Defesa do Meio Ambiente, Marcos Yassuo Kamogawa, para discutir ações relacionadas aos ecopontos e a inclusão de novas cooperativas para a triagem e destinação de materiais recicláveis.

Trevisan Jr. é autor da indicação 851/2021, que sugere ao Executivo a terceirização dos ecopontos da cidade. "São notórios os problemas de gerenciamento, administração e manutenção em alguns ecopontos, como descartes irregulares, acúmulo excessivo de resíduos, incêndios, ausência de funcionários e demora na limpeza desses espaços."

Segundo o parlamentar, a terceirização dos ecopontos possibilitará a melhor organização e otimização dos serviços, a reestruturação dos espaços, a correta separação dos materiais em contêineres e caçambas (inclusive separando os recicláveis passíveis de geração de renda), o controle de entrada e saída de materiais e a presença constante de um controlador de acesso, além de eficiência na limpeza desses espaços.

Kamogawa disse que a Sedema está realizando estudo visando à reorganização dos ecopontos e que, nesse primeiro momento, a ideia é fazer a limpeza geral de todos eles (começando pelo do Jardim Oriente, tendo em vista os últimos acontecimentos no local) e mudar a forma de gerenciamento e reestruturação, com a disponibilização de contêineres e caçambas para a correta separação de cada tipo de material.

Outro assunto abordado na reunião foi a viabilidade de inclusão de novas cooperativas para recebimento, triagem e destinação de materiais recicláveis, tendo em vista que a única cooperativa que atualmente recebe o material não consegue atender à demanda de toda a cidade. "Segundo informações, apenas 10% do material estão sendo devidamente reciclados, enquanto os demais 90% estão sendo encaminhados para o aterro", disse Trevisan Jr.

No dia 19 de janeiro, o parlamentar esteve na Cooperativa do Reciclador Solidário, onde constatou grande quantidade de material acumulada, inclusive em área externa, descoberta, que não estava sendo processada pelos colaboradores do local, provocando o acúmulo de lixo a céu aberto e propiciando a proliferação de insetos e animais peçonhentos, além de conferir aspecto desagradável, gerar riscos à saúde pública e causar transtornos a vizinhos.

A ideia apresentada a Kamogawa é de viabilizar a destinação do material reciclável para outras cooperativas, proporcionando a correta triagem e destinação de cada resíduo e resultando em maior geração de emprego e renda, incluindo o gerenciamento dos ecopontos em conjunto nesse novo processo, evitando, assim, a superlotação e a correta separação e destinação de cada material recebido.

Trevisan Jr. cita trecho do artigo 24 da lei federal 8.666/1993, que prevê a dispensa de licitação "na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda".

"A inclusão de novas cooperativas proporcionará maior atendimento dos materiais recicláveis, diminuindo a quantidade de material destinada ao aterro, e, principalmente, viabilizará maior geração de emprego e renda", destacou Trevisan Jr.