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07 DE AGOSTO DE 2017

Projeto de inclusão musical muda rotina de estudantes e comunidades


Iniciativa de Jonson Sarapu de Oliveira assistiu aproximadamente mil pessoas desde a criação, há 11 anos



EM PIRACICABA (SP)  

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Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano

Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano
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Meta é contemplar 250 crianças em 2017

Meta é contemplar 250 crianças em 2017
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Adelita e o filho Eduardo começaram aulas do projeto

Adelita e o filho Eduardo começaram aulas do projeto
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Adelita e o filho Eduardo começaram aulas do projeto

Adelita e o filho Eduardo começaram aulas do projeto
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Madson Rocha toca violão e pretende seguir profissionalmente

Madson Rocha toca violão e pretende seguir profissionalmente
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Interesse pela música começou na infância, relembra Jonson Oliveira

Interesse pela música começou na infância, relembra Jonson Oliveira
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Interesse pela música começou na infância, relembra Jonson Oliveira

Interesse pela música começou na infância, relembra Jonson Oliveira
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Interesse pela música começou na infância, relembra Jonson Oliveira

Interesse pela música começou na infância, relembra Jonson Oliveira
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Solange Zaparoli percebeu alunos engajados com a música após chegada do projeto

Solange Zaparoli percebeu alunos engajados com a música após chegada do projeto
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Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano

Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano
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Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano

Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano
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Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano

Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano
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Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano

Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano
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Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano

Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano
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Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano

Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano
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Meta é contemplar 250 crianças em 2017

Meta é contemplar 250 crianças em 2017
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Atividades no Jardim Costa Rica começaram este ano



Arte de manifestar os diversos afetos da alma através do som, a música é uma realidade cada vez mais próxima de aproximadamente mil crianças, jovens e adultos de Piracicaba, graças a um projeto desenvolvido há 11 anos em quatro escolas por Jonson Sarapu de Oliveira, o maestro Jonson, vereador na cidade desde janeiro.

Por meio do Música para Todos, realizado de forma voluntária, Jonson leva a iniciação musical a alunos das escolas estaduais Sud Mennucci, no Centro, Dionetti Callegaro Miori, no Jardim Oriente, Professor Attilio Vidal Lafrata, no Jardim Costa Rica, e Eduir Benedicto Scarpari, no Jardim Alvorada.

Ensinamentos teóricos sobre leitura de partitura, compassos, tons e semitons, além de conceitos sobre melodia, harmonia e ritmo, são transmitidos nas aulas teóricas. A etapa prática é composta pelas aulas de instrumentos de sopro (flauta transversal, flauta doce e saxofone), teclado, violão e violino. Todas as ações ocorrem no contraturno escolar. 

Para 2017, a meta é alcançar 250 pessoas, responsabilidade dividida entre seis professores, instrumentistas profissionais remunerados pelo projeto, a partir de recursos angariados por Jonson com empresas sensíveis à causa e, com maior predominância, com investimento próprio.

Jonson, que é conhecido como maestro Jonson, recebeu o cognome em função do envolvimento com a música, que surgiu ainda na infância. A principal influência foi a mãe, que tocava acordeão. Aos 9 anos, teve interesse nas aulas de música na igreja evangélica frequentada pela família e, depois disso, já com 12 anos, aprimorou os conhecimentos na extinta Guarda Mirim, atual Instituto Formar, tocando saxofone na banda da corporação.

“A música foi uma válvula de escape, me fez sentir bem e criou uma forte identificação na minha vida. Considero um presente de Deus”, relembra o vereador, sobre o embrião do que é hoje o projeto Movendo Cidadania (leia mais abaixo).

HISTÓRIAS – A manhã desta segunda-feira, 7, foi a primeira atividade do semestre na Escola Estadual Professor Attilio Vidal Lafrata, no Jardim Costa Rica, onde o projeto começou este ano, a partir do interesse da direção da unidade.

Educadora há três décadas e há um ano responsável pela unidade do Jardim Costa Rica, a diretora Solange Zaparoli Barbosa de Oliveira cita uma frase atribuída ao compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos: “dê um instrumento musical a uma criança, e ela nunca segurará uma arma”.

“A música torna a pessoa mais sensível para o belo. Traz benefícios para a vida do aluno, como também na sala de aula. A criança tem o raciocínio aflorado, mantém a cabeça ocupada e, em casa, pode ocupar o tempo treinando o que foi aprendido na escola”, avalia Solange, que desde o primeiro semestre percebeu "o recreio mais musical", com os estudantes tocando instrumentos e mais distantes do WhatsApp, por exemplo.

No caso da Escola Attilio Lafrata, a direção anunciou as aulas no bairro, para contemplar pais e demais interessados. Foi o que ocorreu com Adelita Galdino de Melo Moura, de 37 anos, mãe do Nicolas, de quatro meses, e do Eduardo, de oito anos, aluno da Escola Municipal João Oriani, no próprio bairro.

Ela e o filho mais velho já se matricularam e frequentaram a primeira aula teórica. “É um interesse que tenho faz muito tempo, mas nunca tive a oportunidade. Somos de uma igreja evangélica e a minha intenção é tocar lá”, conta Adelita, que tem maior afinidade pelo violão.

Aluno do projeto desde o primeiro semestre, Madson Oliveira Rocha, de 17 anos, é capaz de perceber o progresso em poucos meses. Ele se diverte ao relembrar os primeiros acordes, iniciados após ganhar um violão de um amigo e ensaiar em casa, sem qualquer auxílio: “quando começava a tocar, até a cachorrinha de casa saia correndo”, diz o rapaz, aos risos.

Madson percebeu que a disciplina vem em primeiro lugar, além da dedicação diária. Para o estudante, as aulas semanais colaboram para esmiuçar todas as suas dúvidas. “O que aprendo aqui, coloco em prática em casa. O contato com o professor faz muita diferença”, diz ele, que recorre aos aplicativos de celular e faz planos de seguir profissionalmente na área. “Tocar, para mim, é como se fosse minha própria vida. É algo que brota de dentro.”

TRAJETÓRIA – Assim como a música foi primordial em sua trajetória, Jonson encontrou no projeto Música para Todos uma forma de retribuir à sociedade. “Depois de um tempo tocando em grupos e na igreja, participando de atividades em algumas comunidades, percebi que Piracicaba havia crescido muito, com a exclusão social se acentuando em algumas áreas. Infelizmente, as iniciativas públicas não conseguem alcançar a todos, então surgiu o projeto, depois de visitar a comunidade Heliópolis, onde o Instituto Baccarelli desenvolve um trabalho transformador através da música na periferia da zona sul de São Paulo.”

O projeto nasceu no Bosques do Lenheiro aos fins de semana, como parte das atividades do programa Escola da Família, inicialmente com 40 alunos frequentando aulas de flauta. O trabalho ganhou repercussão entre os ex-colegas da Guarda Mirim, que abraçaram a iniciativa e se voluntariaram com as aulas de outros instrumentos. “A gente entende a música como ferramenta importante de ressocialização, no combate às drogas, ao crime e na diminuição da evasão escolar.”

O resultado do que é aprendido não fica restrito ao universo da sala de aula, lembra Jonson, que promove apresentações públicas abertas à comunidade. No dia 16 de agosto, às 19h, uma audição está marcada na Escola Sud Mennucci. No dia 20, às 10h, é a vez da audição com os alunos da Escola Dionetti Callegaro Miori, que ocorre no Anfiteatro do Centro Cívico (rua Antônio Corrêa Barbosa, 2.231).

A meta, a longo prazo, é oficializar uma associação sem fins lucrativos e angariar apoio da iniciativa privada, além de formular projetos via Lei Nacional de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, para que mais escolas e estudantes sejam assistidos.

O projeto Música para Todos é um braço do Movendo Cidadania, que conta ainda com atividades de basquete, futsal e atletismo ao público entre 8 e 18 anos da Escola Dionetti Callegaro Miori, no Jardim Oriente, e na quadra de esportes do Bosques do Lenheiro, localizada entre as escolas municipal e estadual do bairro. Neste caso, são 80 contemplados.

Jonson se preocupa com a saúde dos estudantes e, a partir desse mês, conquistou parceria da OdontoCompany, rede de clínicas odontológicas que abriu 20 vagas para tratamentos de saúde bucal dos estudantes.

As dentistas Vera Schutz e Luciana Marconi estiveram nesta segunda-feira para apresentar as ações do projeto social da empresa. Será possível efetuar aplicação de flúor, limpeza, restauração e extração de dentes de leites. Nos casos em que for preciso tratamento ortodôntico, será oferecido gratuitamente o aparelho, sendo pago apenas o valor da manutenção.



Texto:  Rodrigo Alves - MTB 42.583


Cidadania Jonson Oliveira

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