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16 DE SETEMBRO DE 2019

Professoras incentivam a formação de associação de surdos na cidade


Mariana Campos e Raíssa Tostes, da UFSCar, participaram do Encontro de Surdos no domingo (15), na Câmara de Vereadores de Piracicaba



EM PIRACICABA (SP)  

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Setembro é, particularmente, especial à população de surdos no Brasil e no mundo, tanto negativamente quanto positivamente. Se foi entre 6 a 11, em 1880, em um congresso na cidade de Milão (Itália), quando a Língua de Sinais foi proibida, o dia 10 passou a ser dia internacional desta comunicação gestual, assim como em um 26 deste mês, foi criado, no Brasil, o que viria se tornar o INES (Instituto Nacional de Educação dos Surdos) e, por fim, o dia 30 é marcado como Dia Internacional do Surdo e Dia do Profissional Tradutor. 

A professora-mestra Raíssa Siqueira Tostes partiu das motivações que levaram à criação da campanha Setembro Azul, período em defesa da visibilidade dos surdos, para encorajar a plateia do Salão Nobre “Helly de Campos Melges”, na manhã de domingo (15), em encontro organizado por um grupo que se mobiliza na cidade em busca de demandas desta população. “Nós temos direitos”, disse. 

O encontro contou com o prefeito Barjas Negri (PSDB), o vereador Gilmar Rotta (MDB), presidente da Câmara, o vereador Pedro Kawai (PSDB), o presidente do Comdef (Conselho da Pessoa com Deficiência), Ademir Barbosa, e de representante do vereador André Bandeira (PSDB). 

Raíssa lembrou algumas demandas históricas dos surdos, como a instituição de uma Central de Intérprete de Libras. Segundo ela, o órgão funcionaria como um serviço público. “O surdo teria um local para buscar assistência em caso de precisar buscar atendimento médico, por exemplo”, disse. No entanto, ela destacou que, para estas conquistas, é preciso se apoiar em conceitos que unam os surdos e criem caminhos de persuasão no poder político. 

Ela destacou a importância, inicialmente, do empoderamento. “Temos que entender este conceito, porque ele é uma forma de resistência”, acrescentou. Ao mesmo tempo, a pesquisadora classificou como “necessária” a busca por lideranças dentro do grupo, “para que a luta tenha sempre continuidade”.

Mariana Campos, professora-doutora da UFSCar, defendeu que as ações do grupo devem ser materializadas na criação de uma associação. “Ali, vocês terão mais estrutura, poderão atuar na capacitação de novos profissionais, na representação do movimento, além de contribuir na organização do movimento de surdos em Piracicaba”, disse. 

A educadora demonstrou os passos necessários para a formação de uma associação, como uma ata de fundação, escrever estatuto, definir a lista dos fundadores, assim como da diretoria eleita e o ofício para ser registrado em cartório. “Estamos aqui para contribuir com isso, podemos oferecer modelos em que vocês podem se basear para formar a entidade aqui”, disse. 

“A associação irá nos fortalecer em busca dos nossos direitos. Teremos discussões políticas, pensaremos o movimento e organizaremos a luta”, disse. 

Assim como destacou em reunião na sexta-feira (13), na Acipi, o presidente da Câmara, Gilmar Rotta, disse que o Legislativo irá atuar junto do movimento, oferecendo apoio para levar as demandas ao poder público. “Não é um trabalho fácil, mas vocês podem ter certeza que estaremos junto de vocês”, disse. 

O prefeito Barjas Negri se colocou à disposição do grupo, lembrando que é importante para o poder público receber as sugestões de quem mais necessita dos serviços. “Precisamos nos manter próximos para que a gente possa melhorar as políticas públicas para pessoas com deficiência”, disse. 

As palestras das professoras da UFSCar, Mariana Campos e Raíssa Tostes foram traduzidas pelos intérpretes de Libras, Thiago Loubestein e Maurício Guti.



Texto:  Erich Vallim Vicente - MTB 40.337


Legislativo Gilmar Rotta Pedro Kawai

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