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06 DE JUNHO DE 2018

Jornalista fala sobre protagonismo e inspira jovens com relato de vida


Palestra, promovida pela Escola do Legislativo em parceria com a Oji Papéis Especiais, fez parte de um ciclo de formação para o primeiro emprego.



EM PIRACICABA (SP)  

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Com um presente que nada lembra o passado de restrições e dificuldades, o jornalista José Vieira Junior compartilhou sua história de vida com um grupo de cerca de 20 aprendizes do Instituto Formar, na tarde desta quarta-feira (6). A palestra sobre protagonismo, promovida pela Escola do Legislativo em parceria com a Oji Papéis Especiais, faz parte de um ciclo de formação para o primeiro emprego. Diretora da Escola do Legislativo, a vereadora Nancy Thame (PSDB) destacou o valor do conteúdo transmitido aos jovens.

Vieira Junior, 29, bateu na tecla, em mais de uma ocasião, da necessidade de os jovens assumirem o comando de suas vidas, mesmo que o ambiente e as circunstâncias caminhem em direção contrária. "Tem vezes em que precisamos escrever nossa própria história, sermos protagonistas e nos apegarmos a algo que vai nos ajudar", disse ele, que aos 7 anos começou a frequentar uma igreja evangélica, "divisor de águas" em sua vida.

Isso porque a infância de Vieira Junior, em Americana (SP), foi marcada pela difícil convivência com o pai, que era dono de bar, fazia uso de álcool, drogas e armas e, como contou o jornalista, tinha um comportamento agressivo com ele e a mãe. Ainda assim, a figura do pai era o único exemplo que Vieira Junior tinha. "Era a história de vida que meu pai me ensinava. Ele havia feito a promessa de que eu seria também dono de bar; se não fosse, seria bandido ou policial, porque era meu pai quem me ensinava tudo."

A morte do pai, quando Vieira Junior tinha 6 anos, acarretou novos problemas e somou-se aos anteriores: convulsões diárias do garoto, internação hospitalar da mãe, falência do bar e dívidas financeiras, gravidez da irmã aos 15 anos. "A primeira coisa que apareceu foi a solidão, em seguida veio o medo, depois a fome. Sempre digo que nunca passei fome, porque tive uma mãe que deu o prato de comida dela para mim, mas vi ela e minha irmã passarem."

A igreja foi o fator que mudou a trajetória de Vieira Junior, mas, como disse o jornalista aos jovens, outros aspectos podem servir de estímulo. "Vocês podem encontrar numa música, num filme, num pensamento, numa profissão: algo precisa dar forças para você conseguir ir em frente, vencer. Isso se chama 'propósito', ter um sentido na sua vida."

"A igreja foi a primeira escolha que fiz na vida. Aos 7 anos, comecei a fazer as minhas opções e ter novas referências, como meu avô e minha avó, também muito religiosos. Eu que sempre via meu pai com arma e bebida na mão, passei a admirar meu avô, com uma bíblia. Também comecei a mudar meu palavreado: aos 12 anos, escrevi minha primeira poesia, aos 13, a primeira música. Os amigos que fiz dentro da igreja me levaram a bons caminhos. Saí daquela situação e comecei a escrever como queria a minha vida."

Em seguida, vieram o namoro, iniciado aos 17 anos com quem se tornou sua esposa, o primeiro emprego, aos 18 anos, como operador de máquina numa indústria têxtil, e as seguidas promoções no trabalho, graças à sua dedicação. "Dava tudo o que eu tinha. Em dois anos, foram seis promoções."

Graduado em jornalismo, Vieira Junior ganhou quatro prêmios durante a faculdade. "Nunca fui CDF, mas sempre dei o melhor de mim e compartilhei muito com as pessoas. Até agora não sei quando é que tenho de parar. Continuo dando o melhor de mim, porque é assim que conseguimos vencer", concluiu o palestrante, hoje analista de responsabilidade social na Oji Papéis Especiais.

O relato de Vieira Junior foi acompanhado atentamente pelos jovens. "Gostei muito, achei bem interessante. Aprendi que devemos ser protagonistas da nossa vida, que não devemos culpar as pessoas e que devemos nos esforçar por um futuro melhor", resumiu a estudante do ensino médio Camila Freitas Pereira, de 17 anos, que está há três meses no Instituto Formar e às vésperas de ingressar numa empresa.



Texto:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Escola do Legislativo

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