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17 DE OUTUBRO DE 2014

Família de deficiente físico e mental procura apoio de André Bandeira


Parlamentar acompanhou, ontem à tarde (16), prescrição do medicamento Canabidiol para o jovem Gabriel do Amaral, vítima de convulsões constantes



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Paulo Ricardo dos Santos (1 de 4) Salvar imagem em alta resolução

André Bandeira com a família de Gabriel, aguardando para ser atendido

André Bandeira com a família de Gabriel, aguardando para ser atendido
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No consultório

No consultório
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No consultório

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A médica Andréa Galina explicando o medicamento Canabidiol

A médica Andréa Galina explicando o medicamento Canabidiol
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André Bandeira com a família de Gabriel, aguardando para ser atendido



Uma luz no fim do túnel para o Gabriel! Ele tem 15 anos, mas com aparência de 10 devido à deficiência física e mental que apresenta. Aos 15 dias de vida começou a ter convulsões, pois “só hoje (16) ele teve 25”, relatou Valdiléia Vidal, mãe do garoto. Nesta quinta-feira (16) o vereador André Bandeira (PSDB) acompanhou Gabriel e seus familiares para mais uma consulta com a neuropediatra Andréa Galina. Só que esse não foi, simplesmente, um atendimento de rotina, mas, um encontro que pode amenizar os problemas do menino, principalmente, no que se refere ao quadro clínico de convulsões.

A médica prescreveu o medicamento Canabidiol, que ainda não é registrado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A fórmula tem a sua origem nas folhas da planta da maconha. A profissional está respaldada na resolução do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) de 07 de outubro de 2014, que liberou a prescrição do remédio após experiências positivas em outros pacientes. “Existe, sim, o benefício dessa planta para várias outras doenças e, agora, esse uso na epilepsia. Não tem como a gente ficar alheio a isso porque outra criança tomou e apresentou melhoras significativas”, explicou Andréa. “O Gabriel teve um atraso no seu desenvolvimento com muita crise, porém nós chegamos a controlar, mas, agora ele entrou na adolescência, e aí ele descompensou”.

A neuropediatra fez questão de explicar que a essência do Canabidiol vem do caule da planta da maconha, o que não causa dependência química. “O caule tem menos substância alucinógena”, disse. É utilizado no tratamento de pacientes com mal de Parkinson, ansiedade, esquizofrenia e alguns transtornos de sono, entre outras doenças.

No consultório da médica, a mãe de Gabriel falou, após ver reportagens na mídia, do apoio da profissional para ela obter o medicamento por meio de ação judicial na Defensoria Pública. “Eu tenho muita esperança. A maior alegria minha é que a doutora está do meu lado, pois eu já ouvi muito as pessoas dizerem que eu quero drogar o meu filho. A cada convulsão que ele tem, é uma sensação de perca...só hoje ele teve 25 (convulsões)”, relatou, emocionada, Valdiléia.

O vereador André Bandeira, responsável por intermediar os familiares de Gabriel com a médica Andréa Galina, saiu satisfeito do encontro. “Quando a mãe nos procurou com esse assunto nos deixou bastante preocupado. O tema foi destaque na mídia, inclusive na revista “Superinteressante” e no “Fantástico”; pois quando a mãe do Gabriel relatou que ele teve mais de 20 convulsões no dia, não dava pra gente ficar parado. E o mais importante é que a doutora Andréia vai prescrever o remédio”, ressaltou o parlamentar.

O Canabidiol, segundo normativa do Cremesp, "é um procedimento terapêutico, restrito e excepcional, ainda não registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, porém promissor e de boa tolerabilidade nas situações clínicas especificadas e quando adequadamente diagnosticadas". Por ainda não ser fabricado no Brasil, Bandeira acredita que a família do garoto terá de ingressar com uma ação na Justiça para que o medicamento seja importado e disponibilizado ao paciente.



Texto:  Marcelo Bandeira - MTB 33.121


Saúde André Bandeira

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