24 de setembro de 2019
Escola do Legislativo: astrônomo ministra segunda aula sobre estrelas
Encontro foi realizado na noite desta terça-feira pelo professor Michel Paschini Neto
Como surge uma estrela? O que a faz brilhar? Qual o seu tempo de vida? Perguntas como estas foram respondidas pelo professor e astrônomo Michel Paschini Neto, no curso "Introdução a Astronomia: Estrelas lI", ministrado na noite desta terça-feira (24), na Escola do Legislativo da Câmara de Vereadores de Piracicaba.
A aula anterior sobre o mesmo tema aconteceu em 28 de agosto e o último encontro ––prático–– está previsto para 3 de outubro, no Observatório Astronômico Municipal de Piracicaba (inicialmente a data era 27 de setembro).
Paschini trouxe detalhes das unidades de medida utilizadas na astronomia: o ano-luz, a unidade astronômica e o Parsec. Segundo Michel, um Parsec equivale a 3,26 anos-luz, a 206.265.000 unidades astronômicas ou 30 trilhões de quilômetros.
Além disso, o público recebeu informações sobre a astrofísica, uma das áreas da astronomia que estuda a física do universo e que envolve fatores como luminosidade, temperatura, composição química e densidade. "É somente por meio do estudo da luz que podemos saber o que é o universo", disse.
Ele citou quais são as 25 estrelas mais brilhantes do céu e a diferença de suas cores. Explicou ainda os conceitos de magnitude aparente e de magnitude absoluta, e como são feitos seus cálculos. As duas magnitudes, trabalhadas juntas, permitem a descoberta da distância das estrelas.
O Sol é um laboratório para entender as estrelas, sendo monitorado pela Nasa 24 horas por dia, nos sete dias da semana. Por meio do estudo do seu comportamento, é possível fazer um paralelo com as outras estrelas, justamente por ele se tratar de uma, de pequena grandeza e cuja temperatura chega a 15 milhões de graus em seu núcleo. "Tudo o que se sabe do Sol, a gente leva em conta para as outras estrelas", explicou, ao lembrar que o Sol é a estrela mais próxima da Terra.
O cientista Isaac Newton foi quem demonstrou, por meio de experiências de um prisma, o processo de decomposição da luz branca em várias cores, o arco-íris. Conforme o professor, hoje, a visão de Newton já não é mais adotada e os astrônomos usam como referência o espectro eletromagnético. "Existem outros tipos de luz que não podemos enxergar, como o infravermelho, o ultravioleta, os raios gama e os raios-X”, explicou Paschini, que trouxe ainda explicações sobre os espectros contínuo, de emissão e de absorção.
Ao citar nascimento, vida e morte das estrelas, Paschini lembrou que as estrelas se formam nas nebulosas, ou seja, de imensas nuvens de gás e poeira.
Segundo ele, uma estrela pode brilhar até trilhões de anos, mas o que determina o seu tempo de vida é a quantidade de massa na qual é formada. Quanto maior, ou seja, mais massa possui, menos viverá. No caso do Sol, seu ciclo de vida é de 12 bilhões de anos, sendo ele já sobreviveu há quase metade disso. O astrônomo explicou ainda que um buraco negro é a morte de uma grande estrela.
No encerramento da aula, Paschini explicou o que são os quasares (uma galáxia em formação e com um buraco negro ao centro). De brilho e irradiação intensos, eles são os objetos celestes mais distantes do universo que podem ser observados.
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