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24 DE OUTUBRO DE 2017

Escola de Música de Piracicaba será homenageada pela Câmara


Moção de aplausos 139/2017, de Maestro Jonson, foi aprovada na reunião ordinária desta segunda-feira.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Davi Negri - MTB 20.499 Salvar imagem em alta resolução

Maestro Jonson é autor da moção que homenageia a primeira escola de música de Piracicaba



A Empem (Escola de Música de Piracicaba "Maestro Ernst Mahle") receberá a moção de aplausos 139/2017 em razão de seu histórico e sua importância para Piracicaba na formação cultural de instrumentistas. A homenagem, de autoria do vereador Maestro Jonson (PSDB), foi aprovada pela Câmara nesta segunda-feira (23), durante a 61ª reunião ordinária.

O parlamentar cita que a Empem é considerada, no meio musical, "um patrimônio cultural brasileiro". Ele lembra que, desde o início do século 20, o aprendizado musical era feito por meio de aulas particulares, pela falta de uma escola de música na cidade.

Aproveitando a oportunidade, Hans Joachim Koellreutter fundou, em 9 de março de 1953, com Ernst Mahle e Maria Apparecida Romero Pinto Mahle, a Escola Livre de Música Pró-Arte de Piracicaba —uma filial da Pró-Arte de São Paulo, fundada por Koellreutter. Os cursos iniciais foram teoria e solfejo, harmonia, contraponto, dança clássica, iniciação musical, história da música e estética musical.

Koellreutter lecionou em 1953, proferindo palestras e supervisionando os cursos, que logo se diversificaram, com a abertura também de turmas de flauta, piano, violino, violoncelo, clarineta, declamação, regência, artes plásticas, canto, acordeão, coral e música de câmera. Em pouco tempo, a filial piracicabana ultrapassou a matriz da capital em número de alunos matriculados.

Preocupado com a formação de instrumentistas para orquestra, Ernst Mahle fundou, em 1955, a primeira Orquestra Infantil de Piracicaba, para a qual comprou e adaptou instrumentos e realizou arranjos de músicas folclóricas. Essa orquestra veio a ser, durante 50 anos, um amplo centro formador de instrumentistas na região, que viriam a fazer parte, mais tarde, de renomadas orquestras nacionais e internacionais.

Até 1960, a escola funcionava na Sociedade Italiana e, posteriormente, em imóvel alugado. Em 2013, o pai de Ernst Mahle, Dr. Ersnt Mahle, empresário alemão da indústria de peças automotivas, comprou o antigo prédio do Museu de Ciências de Piracicaba e o doou ao casal Ernst e Cidinha Mahle para ser a nova sede da instituição.

Cinco décadas antes, foi construído, em 1965, o prédio Dr. Mahle em área adjacente, o qual abrigou novas salas de aula e a sala de concertos com cerca de 300 lugares, que foi batizada com o nome do pai de Mahle. Outro prédio foi construído em 1973, com novas salas de aula, camarins e dependências —para alojar músicos de fora da cidade—, e outra sala de concertos com capacidade para quase 200 pessoas, denominada "Cecília Mahle", em homenagem à filha de Mahle, falecida em 1973. A Empem conta, ainda, com uma musicoteca com cerca de 17 mil partituras, uma das mais completas do Brasil.

Além das orquestras, outro grupo pedagógico em funcionamento na instituição é o Coro das Quintas, formado por alunos, ex-alunos e a comunidade. A proposta do grupo é desenvolver um repertório eclético, buscando sempre a qualidade da música coral com o complemento da linguagem cênica para as produções. O Coro das Quintas trabalha a criatividade e a integração dos participantes e foi criado em 2012, com a coordenação de Antonio Pessotti, professor de canto na Empem, a regência de Tânia Perticarrari e o acompanhamento de Luís Gustavo Dellagracia ao piano.

A Banda Sinfônica da escola também iniciou as atividades em 2012, sob regência da maestrina Cintia Pinotti. O grupo de metais e percussão também já esteve sob a batuta de Joaquim das Dores, trompista da Banda Sinfônica do Estado, e do trombonista Paulo Santos. Atualmente, desenvolve atividades sob a coordenação do professor e trombonista Emerson Martins.

A moção é direcionada ao diretor da entidade, Josué Adam Lazier; à coordenadora pedagógica e administrativa, Monica da Silva Santana; à regente do Coro das Quintas, Tânia Perticarrari; ao coordenador, professor e trombonista da Banda Sinfônica, Emerson Martins; e aos co-fundadores da instituição, maestro Ernst Mahle e Cidinha Mahle.



Texto:  Lucas Lima
Supervisão:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Legislativo Jonson Oliveira

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