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29 DE JANEIRO DE 2015

Dia dos Travestis e transexuais é lembrado na Câmara


Vereadora Madalena (PSDB), primeira travesti eleita para um cargo de vereador no país, ouviu relatos da comunidade GLBTT durante reunião, na manhã de hoje (29)



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Paulo Ricardo dos Santos (1 de 6) Salvar imagem em alta resolução

Da esquerda à direita: Carol Venturine, Madalena e Felipe Bicudo

Da esquerda à direita: Carol Venturine, Madalena e Felipe Bicudo
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Dia dos travestis

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Dia dos travestis

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Dia dos travestis

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Felipe Bicudo mostrando reportagem publicada pelo jornal "O Estado de São Paulo" sobre políticas públicas à comunidade GLBTT

Felipe Bicudo mostrando reportagem publicada pelo jornal "O Estado de São Paulo" sobre políticas públicas à comunidade GLBTT
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Dia dos travestis

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Da esquerda à direita: Carol Venturine, Madalena e Felipe Bicudo



“Por que estamos nos prostituindo? Porque não nos dão emprego, trabalho”, definiu a presidente da ONG Glitter (Grupo pela Liberdade e Inclusão de Travestis e Transexuais), Carol Venturine, durante reunião, hoje pela manhã (29), promovida pela vereadora Madalena (PSDB). Ela referiu-se à matéria publicada pelo Jornal de Piracicaba, no último domingo, que focou a prostituição de travestis na área central de Piracicaba. “Infelizmente não temos nada o que comemorar. Empresário nenhum dá trabalho pra gente".

Com a presença de alguns travestis, na sala de reuniões do prédio anexo do Legislativo, o bate-papo serviu para lembrar o “Dia da Visibilidade Trans” (Dia do Travesti), comemorado nesta quinta-feira. A vereadora Madalena ressaltou que começou a trabalhar como empregada doméstica aos 14 anos, inclusive em casas de políticos conhecidos de Piracicaba. “Eu sempre trabalhei, e continuo trabalhando, e as pessoas sempre me deram oportunidade de emprego, o que não está acontecendo com as meninas (travestis)”, explicou.

Carol, também, criticou o governo federal por realizar uma campanha fraca de combate à Aids para o Carnaval deste ano. “Eles, simplesmente, copiaram a campanha de 2013 mostrando um homem segurando um preservativo. Apenas isso. Seriam necessárias mais ações”, comentou.

O chefe de gabinete da vereadora Madalena, Felipe Bicudo, afirmou que se não capacitar as meninas, “vão continuar vulneráveis. As empresas não contratam por elas serem travestis. E mais: quando saiu matéria na mídia de algumas travestis que trabalhavam no comércio de Piracicaba, no dia seguinte elas foram demitidas. Onde vão parar? Nas ruas!”, disse. O assessor lembrou que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), estará concedendo, no valor de R$ 840,00, uma espécie de “Bolsa Cidadania” para os travestis e transexuais realizarem cursos profissionalizantes ou terminarem os estudos num prazo de dois anos. Na Capital Paulista, de acordo com a Prefeitura daquele município, quatro mil pessoas são travestis ou transexuais.

DECRETO – Uma das ações do poder público lembradas na manhã de hoje foi o decreto n° 14.879, assinado pelo ex-prefeito Barjas Negri (PSDB), que permite que as travestis e transexuais usem os seus respectivos nomes sociais nos atos e procedimentos promovidos pela administração pública e indireta. A Lei entrou em vigor em 18 de dezembro de 2012.

Madalena finalizou enaltecendo a importância que os empresários têm para proporcionar uma melhora na qualidade de vida dos travestis. "Tem que ajudar, tem que dar emprego para elas deixarem as ruas. Só assim vai melhorar", concluiu.

REUNIÃO- A ONG Glitter informou que tem uma reunião agendada com o secretário Municipal de Trabalho e Renda, Sérgio Fortuoso, no dia 10 de fevereiro, na secretaria. Na pauta: a criação de vagas para os trans. A instituição lembrou que são 481 travestis e transexuais que necessitam de um trabalho com carteira assinada. Outras informações podem ser obtidas na sede da ONG, na Travessa Dom Luis de Bragança, 538, bairro Vila Resende. Telefone: 3042-5681.

 



Texto:  Marcelo Bandeira - MTB 33.121


Cidadania Madalena

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