A Câmara de Vereadores de Piracicaba recebeu, quinta-feira (7), o educador financeiro do Instituto Formar de Piracicaba, Ricardo Souza, formado em Administração e pós-graduado em Finanças e Controladoria pela Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), para debater gestão financeira com cerca de 35 alunos, de 14 a 19 anos, do Senac Piracicaba. "Dinheiro e futuro é assunto para jovens" foi tema da iniciativa da Escola do Legislativo.

Para Ricardo, há um problema na geração atual, pela fase de trânsição que se encontra, "a gente sonha e se encontra com a realidade", explica. Para ele, existem três pilares que influenciam a maneira como o dinheiro é gerenciado.

O primeiro deles é a "geração da ostentação", que gera mudança de pensamentos e que os bens adquiridos não são apenas para satisfazer a si, mas para mostrar para os outros.

O próximo pilar é da "família", que transmite a cultura de como consumir. O terceiro pilar, de acordo com o educador financeiro, é o do "conhecimento", que influencia na tomada de decisões em relação ao que é verdade e ao que é enganação.

Comenta que as restrições impostas pela classe social em que o indivíduo vive cria nele vontades que os fazem, no primeiro emprego, se comprometerem no futuro. Ele aconselha que os jovens vivam de acordo com a própria realidade.

"Deve-se gastar com qualidade e não com desperdício, e em qualidade falo de sonhos, família e as próprias necessidades, não com a de outros", cita.

O administrador debate sobre o "exibicionismo" da sociedade, que curtir a vida é diferente de exibí-la, sem a necessidade de aprovação de outra pessoa — usou o exemplo das redes sociais para ilustrar o caso.

Discorreu sobre a diferença de necessidade e desejo e que deve-se ter disciplina, organização e conhecimento para alcançar os objetivos ou sonhos. "O dinheiro serve para ajudar a gente alcançar nossos objetivos ou sonhos, é uma ferramenta", alega.

"Sem planejamento ninguém chega a lugar nenhum. É preciso estabelecer etapas e pensar no que vai querer para sua vida", diz.