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05 DE AGOSTO DE 2021

Vereadora pede explicações à GCM sobre casos com balas de borracha


Rai de Almeida falou de ocorrências que tiveram como vítimas uma criança no Bosques do Lenheiro e uma mulher na Portelinha.



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Assessoria parlamentar Salvar imagem em alta resolução


Na tarde desta terça-feira (3), a vereadora Rai de Almeida (PT) e parte de seu gabinete estiveram na Guarda Civil Municipal para conversar sobre o trabalho da corporação, as necessidades de melhoria e ampliação do efetivo e a importância de um atendimento mais humanizado e acolhedor na segurança pública. A parlamentar foi recebida pelo comandante Sidney Miguel da Silva Nunes e pelo subcomandante José Claudinei Canova.

Como ponto central da reunião, Rai cobrou dos comandantes da GCM explicações sobre duas ocorrências recentes envolvendo a corporação e o uso de balas de borracha contra a população. Sobre essas ocorrências, Rai apontou ao comandante que, em 1º de janeiro deste ano, ela atendeu a uma demanda em que uma criança, residente do bairro Bosques do Lenheiro, foi atingida na cabeça por tiro de bala de borracha durante uma ação da Guarda no bairro.

Ainda sobre esse ocorrência, Rai destacou ao comandante da GCM que acredita já ter havido tempo hábil para que a corporação dê uma resposta à sociedade sobre o que aconteceu. "Considerando-se o prazo decorrido, muito possivelmente já se pode verificar se já há uma conclusão de tal ocorrência no âmbito da Corregedoria da GCM", disse a vereadora.

Rai pediu também aos comandantes explicações sobre outra situação ocorrida há poucos dias, quando Josiane da Silva Souza –uma líder comunitária da Portelinha– ficou cega após também ser atingida por uma bala de borracha durante uma ação da GCM na comunidade. A vereadora observou que "até a PM já não usa mais esse tipo de armamento".

Ao grupo, Silva Nunes falou do quadro de funcionários da GCM, salientando que eles estão defasados na reposição dessa estrutura que, hoje, conta com 406 guardas, dos quais vários estão se aposentando. Ainda sobre o efetivo, o comandante apontou que apenas 67 são mulheres, pois ainda é cumprido o estatuto municipal que estabelece uma porcentagem para a contratação delas. O comandante informou também que existe uma necessidade de modificar e adequar o estatuto municipal às leis federais.

Sobre as ações da GCM na cidade apontadas por Rai –como nos casos da líder comunitária da Portelinha e da criança do Bosques do Lenheiro–, Silva Nunes disse que os guardas recebem treinamentos anuais e que a instrução é para que, quando do uso desse armamentos, eles sejam voltados em direção aos membros inferiores. O comandante afirmou que os casos relatados pela vereadora seguem sendo apurados por duas instâncias no âmbito interno da corporação e que, se irregularidades forem comprovadas na ação desses servidores, eles serão responsabilizados na forma do estatuto da GCM.

Silva Nunes informou ainda à vereadora que a Patrulha Maria da Penha recebeu mais duas viaturas do governo federal e que existe um estudo para ampliar as equipes. Segundo ele, a Patrulha conta hoje com duas viaturas, divididas em duas equipes (uma diurna e outra noturna) de quatro guardas cada uma. O comandante acrescentou que a GCM "é bastante procurada para palestras sobre a Lei Maria da Penha" e sobre a atuação do grupamento.

Ao final da reunião, Rai reforçou aos comandantes que espera "para breve um posicionamento da GCM sobre o ocorrido na comunidade Portelinha e no Bosques" e disse ainda que esses casos, em especial, estão sendo observados e monitorados com muita atenção e cuidado por ela e por seu gabinete.



Texto:  Assessoria parlamentar
Supervisão:  Rodrigo Alves - MTB 42.583
Revisão:  Ricardo Vasques - MTB 49.918


Segurança Rai de Almeida

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