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01 DE NOVEMBRO DE 2007

Vereador reforça mobilização popular contra a Sabesp


O vereador Euclides Buzetto (PT) e o primeiro secretário do Lions Clube Piracicaba-Centro, Nelson Pinotti estiveram na manhã de ontem (31), às 9h00 nas dependências (...)



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Fabrice Desmonts - MTB 22.946 Salvar imagem em alta resolução


O vereador Euclides Buzetto (PT) e o primeiro secretário do Lions Clube Piracicaba-Centro, Nelson Pinotti estiveram na manhã de ontem (31), às 9h00 nas dependências da Refinaria do Planalto Paulista (Replan), em Paulínia para acompanhar a reunião do Grupo Técnico do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) que deliberaram sobre a inoperância da Sabesp na busca de alternativas para reguardar o Sistema Cantareira, no abastecimento da grande São Paulo.

Segundo o vereador Eulcides Buzetto a Sabesp ainda resiste em buscar novas alternativas para aliviar os rios que compõem a Bacia do Piracicaba, sendo que a situação críticas dos rios já afeta as cidades de Hortolândia, Atibaia e Americana. A expectativa dos técnicos da Sabesp é que o ciclo das grandes chuvas esperadas para os próximos dias restabeleçam o Sistema Cantareira.

Para o vereador Euclides Buzetto a mobilização popular deve continuar, sendo que a Agência Nacional de Águas (ANA) aguarda a posição oficial do Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica (DAEE) sobre o cumprimento do artigo 16 da Portaria 1213, que estabelece a nova outorga (licença) de operação do Sistema Cantareira.

O documento determina que a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) apresente em 30 meses, a partir da licença, estudos ou projetos para reduzir a dependência do Cantareira. A nova outorga está em vigor desde o dia 10 de agosto de 2004.

O prazo para que os estudos fossem apresentados terminou em fevereiro deste ano.


CANTAREIRA


O Cantareira é um dos maiores sistemas produtores de água do mundo. Seus represamentos estão situados em diferentes níveis e são interligados de tal maneira que, desde os rios Jaguari e Jacareí, as águas passam, por gravidade, pelas represas do Cachoeira, Atibainha e Juqueri, e chegam à Estação Elevatória de Santa Inês, onde todo o volume produzido é bombeado para a represa de Águas Claras, construída no alto da Serra da Cantareira.

As nascentes do Rio Jaguari estão localizadas no Estado de Minas Gerais, nos municípios de Camanducaia, Extrema, Itapeva e Toledo. Em Extrema, o Jaguari recebe um afluente importante, o Rio Camanducaia mineiro.

Alguns quilômetros abaixo, já em território paulista, o Jaguari é represado, fazendo parte do Sistema Cantareira, construído para permitir a reversão de água para a Bacia do Alto Tietê, como reforço ao abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo. Pela junção dos rios Jaguari e Atibaia nasce o Rio Piracicaba, no município de Americana, seguindo depois até Barra Bonita, onde fica sua foz junto ao Tietê.


Nível do Cantareira cai para 40,1%


Em meados do mês de setembro deste ano, o nível de armazenamento de água no Sistema Cantareira sofreu mais uma redução, baixando de 40,3% para 40,1% de sua capacidade, o que significa um volume armazenado de cerca de 360 milhões de litros.

Mesmo assim, continua sendo considerado normal para essa época do ano. Mas essa água não está à disposição das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que abastecem a região de Campinas.

Uma parcela substancial é revertida, pelo Sistema Cantareira, para a Bacia do Alto Tietê, principal fonte de água potável da Região Metropolitana de São Paulo, responsável pelo abastecimento de aproximadamente 50% de sua população.

Na área das bacias, o Sistema Cantareira conta com reservatórios de regularizações nos rios Atibainha e Cachoeira, na Sub-bacia do Rio Atibaia, e nos rios Jacareí/Jaguari, na Sub-bacia do Rio Jaguari.

De acordo com a outorga de direito de uso do sistema, esses reservatórios garantem uma retirada média de até 36 mil litros de água por segundo, sendo 31 mil litros de água por segundo para a Região Metropolitana de São Paulo e a descarga para a Bacia do Piracicaba de vazão de 5 mil litros de água por segundo.

A retirada desses volumes é decidida mês a mês pelo Grupo Técnico Cantareira, instituído no âmbito da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico dos Comitês das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, com base nas orientações da Agência Nacional de Água e do Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) sobre as possibilidades de retirada sem o comprometimento do sistema.

 

PESQUISA E TEXTO: MARTIM VIEIRA MTB 21.939

FOTO: FABRICE DESMONTS MTB 22.946



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939


Legislativo Euclides Buzetto

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