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26 DE JUNHO DE 2012

Vereador contesta privatização do Semae


O vereador José Pedro Leite da Silva (PR) ocupou a Tribuna da Câmara, reunião ordinária de ontem (25) para contestar a privatização do Semae, no entendimento de que (...)



EM PIRACICABA (SP)  

Foto: Emerson Pigosso - MTB 36.356 Salvar imagem em alta resolução


O vereador José Pedro Leite da Silva (PR) ocupou a Tribuna da Câmara, reunião ordinária de ontem (25) para contestar a privatização do Semae, no entendimento de que nem tudo que é legal é moral, uma vez que a empresa ganhadora do processo irá explorar os serviços da autarquia por 30 anos. O parlamentar iniciou sua fala sugerindo que o líder de governo ouvisse suas explanações. E, se reportou ao posicionamento da Câmara, em 1995, na aprovação de uma lei que aumentou em 33 por cento a conta da água a pretexto de tratar o esgoto, sendo que a lei que está nos arquivos atuais mostra valores que o Semae apresentou, na ordem de 44 milhões de reais para tratar todo esgoto de Piracicaba, sendo que aquela lei aumentava quatro milhões a mais na arrecadação, o que durante 10 anos seriam 40 milhões de reais.

Em sua fala, o vereador José Pedro parabenizou a atitude do ex-prefeito Humberto de Campos (PSDB), no cumprimento da lei que foi criada em 1995, sendo que em 1997 ele inaugurou a primeira estação de tratamento, garantindo em três anos 33 por cento de tratamento de esgoto em Piracicaba, o que indicava que o cronograma estava certo. "Mas infelizmente veio o Easy Bank e o contrato com o Idort, que desviou dinheiro público para tratar o esgoto, levando dinheiro para outras finalidades do Semae. Depois, se não bastasse, em 1988 nós aumentamos três reais de cada conta do piracicabano, o que dá hoje mais de quatro milhões por ano", disse.

A consideração é que o ex-prefeito José Machado (PT) fez mais um aumento de 12,5 por cento , sendo que deram uma desculpa de que não se tratou de esgoto aquela época porque não tinha uma conta vinculada ao dinheiro. "Hora, será que cada cidadão tem uma conta diferenciada para pagar a educação de seu filho, para fazer compra no supermercado, ou outra coisa. Ora, que desculpa sem razão nenhuma. Antes de fazermos a PPP (Parceria Público Privada), nós fizemos mais um aumento em quatro anos. Esquecem que nós aprovamos um aumento de 2,5 por cento , 2,5 por cento , 2,5 por cento e mais 2,5 por cento até o ano 2016. Agora, é uma questão de querer", disse.

Como exemplo, José Pedro disse que fazer uma PPP é imaginar que uma empresa que vale mil moedas, sendo que o Semae vale dois bilhões de reais. "Vamos imaginar um cidadão que tem uma empresa que vale mil moedas e está faltando uma máquina só, que vale 50 moedas. Isto representa 5 por cento de investimentos, considerando que o Semae vale dois bilhões e a empresa vai investir 100 milhões. Aí eu pergunto: que empresário faria este acordo, de que o cara entrasse na sua empresa, desse para comprar as 50 moedas e durante 30 anos o cidadão sairia da casa dele e deixaria tudo nas mãos daquele que deu apenas 50 moedas. Ora, que negócio, quem quer discutir comigo isso, que seja o melhor estudioso de finanças. Que se abra um debate aqui. Que traga o Semae para debater aqui para ver quem é mais expert para debater este assunto", desafiou.

O vereador José Pedro também fez questionamentos sobre o problema do lixo, onde faz mais de 10 anos que está se tentando fazer uma PPP do aterro sanitário, sendo que até hoje não se conseguiu nada, pois se torna mais difícil porque todo mundo tem que trazer o dinheiro, sendo mais fácil hoje enviar o lixo de Piracicaba para Paulínia, transportando, pagando extra, pagando aquelas empresas que nadam em dinheiro, concluiu o parlamentar.

Martim Vieira Mtb 21.939
Foto: Emerson Pigosso Mtb 36.356  



Texto:  Martim Vieira - MTB 21.939


Legislativo José Pedro

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