
02 DE OUTUBRO DE 2018
Vereador apontou que "pessoas morrem semanalmente" nas UPAs à espera de vagas para internação e que situação da saúde no município não condiz com realidade financeira.
Trevisan concedeu entrevista ao vivo ao programa "Primeiro Tempo" desta segunda-feira
Em entrevista ao programa "Primeiro Tempo", da TV Câmara, na noite desta segunda-feira (1º), o vereador Laércio Trevisan Jr. (PR) criticou a falta de leitos hospitalares na rede pública de saúde. Ele apontou que "pessoas morrem semanalmente" nas UPAs (unidades de pronto-atendimento) da cidade aguardando vagas para internação. "Escolhe-se quem vai ficar e quem vai morrer, a situação é essa", afirmou.
Para o vereador, o cenário não condiz com a realidade financeira do município, cujo Orçamento para 2019 prevê receitas de R$ 1,7 bilhão. "A arrecadação em Piracicaba aumentou, então não tem justificativa: é falta de planejamento e direcionamento à área de saúde pública", disse Trevisan.
"É algo que precisa ser mostrado à sociedade. O Hospital Regional, que poderia estar em atividade, está com atendimento a portas fechadas. As reposições de médicos nas UBSs não ocorreram. Concurso público que não se abriu, não se efetivou. Nas UPAs, a quantidade de médicos é a mesma de dez anos atrás", criticou.
Os problemas na gestão, na avaliação de Trevisan, também refletem nas políticas de proteção aos animais. Requerimentos do parlamentar aprovados na 57ª reunião ordinária questionam o Executivo sobre o recolhimento de animais mortos e o número de castrações realizadas. "Estamos sem castração e até o recolhimento de animais mortos está com dificuldade. Uma empresa passa uma vez por semana para recolher. É um absurdo."